terça-feira, 13 de março de 2012

Poucos suplementos alimentares ajudam realmente a perder peso

Sem mágica
Uma pesquisadora da Universidade de Oregon (EUA) analisou todo o corpo de evidências científicas disponíveis em torno dos suplementos para perda de peso.
E ela tem uma má notícia para aqueles que tentam encontrar uma pílula mágica para perder peso e manter-se de bem com a balança - ela não existe.
Melinda Manore revisou os dados experimentais de centenas de suplementos para perda de peso e concluiu que não existem evidências científicas de que qualquer produto tomado individualmente influa em uma perda de peso significativa - e muitos deles têm efeitos prejudiciais à saúde.
Alguns poucos produtos - incluindo o chá verde, as fibras e os suplementos lácteos de baixo teor de gordura - podem levar a uma perda de peso modesta, de cerca de 2 kg, mas é importante saber que a maioria destes suplementos foi testada como parte de uma dieta de baixas calorias.
"Para a maioria das pessoas, a menos que você altere a sua dieta e faça exercícios diariamente, nenhum suplemento terá um grande impacto", disse Manore.
Tipos de suplementos
A pesquisadora estudou suplementos em quatro categorias: produtos como a quitosana, que bloqueiam a absorção de gordura ou carboidratos, estimulantes, como a cafeína e a efedrina, que aumentam o metabolismo, produtos como o ácido linoléico conjugado, que pretende alterar a composição corporal diminuindo a gordura, e supressores de apetite, tais como fibras solúveis.
Ela descobriu que muitos produtos nunca foram submetidos a ensaios clínicos randomizados, que examinassem sua eficácia.
A maioria dos produtos levou a uma perda de peso de menos de 900 gramas em comparação com os grupos que receberam placebo.
"Eu não sei como você elimina os exercícios da equação," disse Manore. "Os dados são muito fortes em que o exercício é fundamental não só para perder peso e preservar a massa muscular, mas igualmente para manter o peso."
"Adicionar fibras, proteínas, cálcio e beber chá verde pode ajudar," disse Manore. "Mas nenhum deles terá muito efeito a menos que você se exercite e coma frutas e legumes."
Dicas de alimentação saudável
A cientista dá suas próprias diretrizes gerais para um estilo de vida saudável:
1. Não saia de casa de manhã sem ter um plano para o jantar. Comer espontaneamente frequentemente resulta na escolha de alimentos mais pobres.
2. Se você comer fora, comece a refeição com uma grande salada com molho de baixas calorias ou uma sopa. Você vai se sentir muito mais satisfeito e menos propensos a comer o seu prato principal inteiro. Melhor ainda: divida o seu prato principal com um companheiro de jantar ou simplesmente peça um acompanhamento para a sopa ou salada e dispense o prato principal.
3. Encontre maneiras de se manter em movimento, especialmente se você tem um trabalho sedentário. Manore contou que ela própria coloca as chamadas em viva-voz para que possa ficar andando enquanto fala. Durante as reuniões longas, pergunte se você pode ficar de pé ou andar um pouco.
4. Coloque vegetais em todas as refeições. Rale legumes em seu molho de macarrão, adicione-os na carne ou simplesmente compre um monte de saquinhos de frutas/vegetais para comer durante o dia.
5. Aumente as fibras. A maioria das pessoas não come fibras suficientes. Quando possível, coma fontes de fibra "molhadas" em vez de secas - mingau faz você se sentir mais cheio do que uma bolacha de fibras.
6. Certifique-se de comer frutas e verduras em vez de beber calorias - comer uma maçã em vez de beber suco de maçã, por exemplo. Compare itens que parecem semelhantes e coma o que fisicamente ocupar mais espaço. Por exemplo, comer 100 calorias de uvas, em vez de 100 calorias de passas, vai fazer você se sentir mais satisfeito.
7. Elimine os alimentos processados. Manore afirma que as pesquisas mostram que alimentos que são mais difíceis de digerir (como alimentos ricos em fibras) têm um maior "efeito térmico" - uma forma para aumentar o seu metabolismo.
Fonte: Diário da Saúde

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