quarta-feira, 7 de março de 2012

Cientistas descobrem como corpo humano sente variações de temperatura

Sensores de calor do corpo
O sol no inverno parece extremamente agradável, enquanto o mesmo sol no verão tem o efeito oposto.
Ao longo os últimos 20 anos, as pesquisas têm revelado que há proteínas na superfície das células nervosas da pele que permitem que o corpo distinga entre essas diferenças de temperatura.
Mas dizer se está quente ou frio é uma coisa, enquanto informar se esse quente é agradável ou até perigoso para a saúde é outra coisa bem mais complexa.
E, até agora, não se sabia como esses sensores detectavam os gradientes de temperatura a que estamos submetidos o tempo todo.
Termômetros naturais
Agora, o Dr. Jie Zheng e sua equipe da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) descobriram como se formam esses termômetros naturais na pele humana.
Eles revelaram que algumas poucas proteínas, conhecidas como canais iônicos, distinguem entre uma ampla escala de temperaturas, que vão do "quentinho agradável" até o quente demais.
A chave para esses sensores de temperatura está em sub-unidades das proteínas detectoras de calor, que podem se montar em combinações muito diferentes, produzindo diversos tipos de canais iônicos, cada um deles responsável por detectar, digamos, um grau na escala de temperatura.
A descoberta demonstra que apenas quatro genes, cada um codificando uma sub-unidade da proteína, podem gerar dúzias de diferentes canais sensíveis ao calor.
"No passado, os pesquisadores assumiram que, como há apenas quatro genes, há apenas quatro canais sensíveis à temperatura, mas agora nós demonstramos que há muitos mais," disse Zheng.
Canais iônicos
Canais iônicos são poros nas membranas celulares.
Sua capacidade de se abrir e fechar controla o fluxo de íons - átomos eletricamente carregados - para dentro e para fora das células.
A abertura e o fechamento dessas passagens equivalem a ligar e desligar uma sinalização nervosa - neste caso, para informar ao cérebro qual temperatura o corpo está sentindo.
Isto revela o mecanismo que não deixa que você confunda o "quentinho" de um cobertor no inverno com o "sol de rachar" em uma praia no verão.
Fonte: Diário da Saúde

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