quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TRAMA ASSIMÉTRICA: Laboratório no Pará tem identidade definida pela trama estrutural da fachada

Fachada envidraçada possui esquadrias metálicas
A fachada envidraçada possui esquadrias metálicas. O desenho irregular confere personalidade à edificação
Trama assimétrica expressa identidade
A segunda unidade do Laboratório Paulo C. Azevedo em Ananindeua, município paraense que integra a Região Metropolitana de Belém, foi implantada a partir de projeto do escritório M2P Arquitetura & Engenharia. Composto basicamente por recepção/atendimento e espaço para coleta/ exames, o programa acomoda-se em uma edificação horizontal cuja identidade é definida pela trama assimétrica estrutural da fachada.
Segunda cidade mais populosa do Pará - atrás apenas da capital -, Ananindeua conta, desde 2009, com sua segunda unidade da rede de laboratórios Paulo C. Azevedo, tradicional instituto de análises clínicas paraense, fundado em 1941.
Localizada em Cidade Nova, a edificação foi desenhada pelo escritório M2P Arquitetura & Engenharia, que já havia projetado outras instalações para o mesmo cliente (leia PROJETO DESIGN 313, março de 2006). Também neste caso o programa está contido em uma edificação horizontal, mas sem subsolo.
O edifício ocupa terreno de 600 metros quadrados em uma região comercial, próxima de um conjunto habitacional. “O conceito é semelhante ao de outros laboratórios da rede também idealizados por nosso escritório”, relata o arquiteto Aurélio Meira, um dos sócios do M2P.
A cobertura na forma de pórtico transpõe a caixa metálica envidraçada
Espera/atendimento, um dos itens do programa do laboratório
Madeira do mobiliário alterna-se com superfícies revestidas em vermelho
A madeira do mobiliário alterna-se com superfícies revestidas em vermelho e contrasta com o tom claro no piso
programa demanda, fundamentalmente, espaços para recepção/atendimento e salas para coleta de material/realização de exames.
No posto de Ananindeua, Meira e colaboradores distribuíram as funções numa planta em forma de L, à qual se adicionou um apêndice na haste menor. Na porção mais extensa, voltada para a via principal, foi alocada a recepção/atendimento, que, a rigor, é fracionada, pois parte dela é destinada a um espaço chamado de espera diferenciada.
As salas para a coleta de material e realização de exames foram dispostas ao fundo. Para dar forma à edificação, os autores optaram por componentes metálicos na estrutura e vidro na vedação, este para proporcionar grande transparência e luminosidade nas áreas internas, informa Meira.
Postos de trabalho na área de atendimento do laboratório
O caráter peculiar do edifício é dado pelo desenho da estrutura metálica - uma trama assimétrica de interessante efeito plástico -, na qual também se apoia a cobertura que cruza, na diagonal, a caixa envidraçada, transpassando-a em suas duas extremidades.

Meira conta que a ideia surgiu quando, ao procurar solução para a volumetria da construção, no computador operado pelo filho, Joaquim (“não sei mexer com Autocad”, confessa Aurélio), fez surgir no monitor uma série de linhas. “Congela essa imagem e tira uma cópia”, pediu. A partir dela e usando tinta, Meira esboçou a trama da fachada.

Na parte interna da edificação, alinham­se numa mesma bancada os postos de trabalho das atendentes e os balcões mais altos da recepção. Madeira nas superfícies de trabalho, revestimentos cerâmicos claros no piso e o vermelho que reveste os balcões avivam a espacialidade da área que recebe o público.

Fonte: Arco Web

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