sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Com novos usos, plantas vintage voltam a ser tendência

Flores e plantas do jardim da avó, sim. Coisa do passado, nem pensar. Quem não se lembra dos canteiros de dália, da samambaia presa ao teto, do chifre-de-veado em suporte de ferro? Novos usos dão a essas e outras espécies uma roupagem atual. O que era “de época” agora soa moderno e elegante

Escultura da natureza
GUAIMBÊ, costela-de-adão, filodendro... É só avivar a memória e as hastes de xaxim circundadas por essa família de plantas logo vêm à mente. Comuns em vasos entre as décadas de 1950 e 1970, essas espécies sumiram das varandas, principalmente na versão ornamental.“Ainda foram usadas como forração em jardins extensos, porque oferecem uma cobertura de solo muito boa”, diz a paisagista Jeane Calderan, da Calux Jardins. O desenho escultórico das folhagens – em especial as do guaimbê e da costela-de-adão –, com comprimento que varia de 0,30 m a 1,20 m, deu margem ao uso atual, como plantas de corte. Basta uma haste em um vaso ou garrafa com água para mudar o visual de uma mesa de centro ou aparador. Altamente resistentes, essas duas espécies duram até um mês se trocada a água e cortadas as suas hastes a cada dois dias.
Evelyn Müller
Um alerta: não plante a costela-de-adão em floreiras e lajes. “É uma espécie com sistema radicular agressivo. A raiz ramifica, à procura de água, e geralmente destrói a impermeabilização da construção”, afirma Jeane. Na opção para a sala de jantar (foto), o guaimbê da Uemura Flores e Plantas destaca-se em vaso da LS Selection, sobre o aparador da Brentwood.

Em vaso, a estrela ganha a sala
NOS ANOS 1970, as samambaias de metro eram a sensação das varandas de nossas mães e avós. Plantadas em xaxins (hoje em extinção) e penduradas em ganchos presos ao teto ou à parede, pendiam até que suas folhas tocassem o chão. A retomada do uso ganhou ares modernos e levou a espécie para dentro de casa, disposta em vaso. “Foi importada para vasos em halls de entrada e salas (foto), porque gosta de sombra”, diz a arquiteta e paisagista Claudia Diamant. Em interiores, é melhor evitar alterações de lugar. Uma vez que tenha se adaptado à luminosidade, temperatura e umidade do local, a samambaia deve ser mantida ali. O vento – dentro ou fora de casa – deve ser banido, porque causa a queima das folhas mais jovens e, consequentemente, a morte da espécie.
Evelyn Müller
Plantada em recipiente de plástico, a samambaia foi introduzida em vaso de cerâmica de 1m de altura, calçada com argila expandida

Fonte: casa e jardm

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