quarta-feira, 25 de julho de 2012

Estreito ou largo, o caminho precisa ser prazeroso. Por isso colocamos alguns projetos paisagísticos que revelam isso...


Fotos Renato Corradi
Corredor revigorante 

É neste corredor de seu escritório na Vila Olímpia, em São Paulo, com 6,40 m de comprimento e 1,35 m de largura, que a paisagista Claudia Muñoz recupera suas plantas. Como recebe boa parte do sol da manhã, o cantinho oferece condições às espécies debilitadas. Os vasos maiores ficam permanentes na área,que tem piso cerâmico da Mazza. eles trazem fícus (1), jasmim-amarelo (2), azaleia em bola (3) e ácer (4). A maioria está disposta em recipientes de cerâmica,mas um dos fícus permanece em um cesto de palha. “em ambiente externo, ele não dura mais do que quatro meses”, avisa Claudia. entre as plantas que fazem rodízio por lá veem - se orquídeas (5), cactos (6), minivasos de azaleia (7) e rosa (8) e uma palmeira - de - madagascar (9). Para ajeitar os pequenos vasos, Claudia reaproveitou os blocos de cimento de uma obra e criou uma bancada (na pág. ao lado). Acima dela, pintou a frase de Voltaire: “É preciso cultivar nossos jardins”, em francês. A paisagista coleciona vasos, ferramentas, pratos e tudo o que diz respeito à jardinagem. Parte disso é organizada no corredor. É, como ela diz, seu “depósito arrumado”. O cantinho estreito convence os clientes a ter verde mesmo em áreas pequenas. “Como moro em um apartamento sem varanda,meu jardim é este corredor”, afirma. 
Fotos Renato Corradi
Galeria com bossa 
O caminho sinuoso de granilite avisa que este corredor, na Pompeia, em São Paulo, com 17 m de extensão e 1,20 m de largura, foi projetado para incitar o olhar. A começar pela paleta de cores–proposta pelo arquiteto Caio Marin, da Vista Urbana Arquitetos Associados –, a experiência visual é diferente a cada passo. A paisagista Susana Bandeira, da Maria Flor Paisagismo, elegeu plantas de meia-sombra, pois o sol é limitado por um enorme muro. Na entrada, um maciço de nandinas (1) traz sorte, segundo crença japonesa, para os quatro cantos da casa. A planta, que muda a coloração verde para um tom avermelhado no outono e no inverno, tem frutos esféricos que atraem pássaros. Logo após, o muro é preenchido pelas trepadeiras jasmim-estrela (2) e ipomeia-rubra (3). Esta última foi planta da em uma área com apenas 15 cm de canteiro, o suficiente para que possa crescer e fazer a função de jardim vertical. Detalhe: seu tempo de floração é grande, assim o jardim permanece florido a maior parte das estações. Do lado oposto, clorofitos (4) dão movimento e luz ao caminhos em ocupar espaço. “Tomei o cuidado de escolher espécies que,como passar do tempo, não fiquem muito maiores para não oprimir quem passa pela área”, afirma Susana. 
Fotos Renato Corradi
Caminho permeável

Para compensar a entrada coberta por mosaico português, os paisagistas Caterina Poli e Sergio Menon, da Grama & Flor Paisagismo, projetaram um corredor permeável para acessar a área de lazer desta casa no Morumbi,em São Paulo. Os cacos de pedra quartzito são tomé, da A. Pelucio, foram assentados em camadas: primeiro de areia, depois manta de poliéster. Os vãos entre eles receberam pedriscos. A disposição do piso deu um ar descontraído à área de 18 m de comprimento e 3,50 m de largura. De um lado, maciços de gengibre-azul (1) correm por toda a fachada até a amoreira (2). Do outro, as espécies mudam em intervalos menores: íris (3), manacá-de-cheiro (4), hibisco variegado (5) e pau-brasil (6). “Optamos por espécies com florações roxas, assim o jardim ganha uma unidade, mesmo com texturas e volumes variados”, diz Caterina.
Fotos Renato Corradi

Fotos Renato Corradi
Disfarce com o painel

O muro baixo e a vista pouco atraente da casa vizinha motivaram a designer de jardim Caroline Saccab Haddad Zakka, da Secret Garden, a cobrir a parede deste corredor, em São Paulo,com um painel ripado de peroba-rosa. A peça, que percorre 10 m de comprimento, ganhou aberturas para a disposição de plantas. “Usei duas fileiras de ripsális (1) incrustados em xaxim e, no final do painel, em frente à varanda, alguns exemplares da mesma espécie misturados a orquídeas (2)”, diz Caroline. Logo abaixo do quadro verde, o piso de limestone é interrompido por uma fileira de seixos para o escoamento de água. A profissional usou jardineiras com clúsia (3) para aumentar a altura do painel sem sobrecarregar o seu visual. “A clúsia precisa de pouca água. Aqui ela fica por conta da chuva”, diz. Do lado oposto, acerca viva de viburno (4) é mantida podada na altura da janela. Tanto quem passeia pelo corredor com 2,35 m de largura como quem o avista da janela interage como verde que une a área de serviço e garagem ao lazer. 
Fotos Renato Corradi
Passeio com barulhinho 
Exatamente 25 m separam a entrada desta casa, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, da área de lazer. Para tornar a longa caminhada atraente, os paisagistas Caterina Poli e Sergio Menon, da Grama & Flor, idealizaram um piso com desenho geométrico. Ora mosaico português, ora grama, o traçado com quadrados e retângulos em zigue-zague tira proveito dos 3,30 m de largura da área. Paralelamente ao piso, a vegetação cria volumes do lado da casa com os exemplares de viburno (1) e jasmim-do-imperador (2). Não fosse o barulho de água, a fonte seriaumadas surpresas pelo caminho, tamanha a variedade de vegetação que a esconde.tembuxinho (3) de cerca viva, vasos de fícus argentino (4) nas extremidades e ipomeia-rosa (5) na parede, cobrindo parcialmente as bicas. Ao longo do caminho ainda aparecem murtas (6),uma laranja-kinkan imperial (7) e um resedá (8). 
Fotos Renato Corradi
Cara de jardim

Ligação
 entre área de serviço e lazer, a circulação de 8,60 m de comprimento e 2,20 m de largura não deveria parecer um caminho, e sim um jardim nesta casa, no Brooklin, em São Paulo. em vez de pisadas, o paisagista Marcelo Bellotto usou pedriscos entre a vegetação. “eles permitem um desenho sinuoso, que não compromete a passagem e torna o jardim mais elegante”, diz Bellotto. Para criar contraste, a grama-preta (1) forra o lado dedicado às plantas. são elas: íris - da - praia (2) e medilina (3) no vaso da Vasos da terra. Do lado oposto, um bambu –mossô (4) escultórico dá movimento à área. Ao fundo, leia -rubra (5). 





Fonte: Casa e Jardim

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