quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Para você que gosta de ter um cantinho verde para relaxar, veja dicas de caminhos ecologicamente corretos


Dormentes levam ao banco

Basta um dia lindo de sol para a área externa de 12 m² ser disputada pela família da arquiteta Flavia Resstom, proprietária desta casa no Jardim Europa, capital paulista. Para chegar até o banco de madeira, onde os bate-papos acontecem, é preciso passar pelo caminho de dormentes de madeira de demolição, pensado para colaborar com a sensação de estar fora da paisagem urbana. tudo ideia da paisagista Paula Magaldi: “A madeira sempre é um bom recurso para tornar qualquer ambiente acolhedor. se ela for proveniente de reaproveitamento, melhor ainda”, diz Paula. antes das peças serem instaladas, a terra precisou ser recortada no tamanho de cada dormente que foi encaixado no recuo. Para trazer frescor ao jardim, a paisagista escolheu a sombra da jabuticabeira, os podocarpos rentes ao muro, as bromélias e os maciços de gardênia.

Reaproveitados, os dormentes foram encaixados em recuos recortados na grama. Para não perder o visual rústico da madeira, as peças não precisaram de verniz ou qualquer outro acabamento.
Renato Corradi
Os dormentes de madeira de demolição levam ao espaço onde a família se reúne para jogar conversa fora sob a sombra da jabuticabeira adulta. Podorcarpos rentes ao muro, maciços de gardênia, bromélias e uma jabuticabeira dão ao jardim o toque de verde desejado pela moradora

Caminho de pedras nativas
Renato Corradi
Pedras e pedriscos marcam o passo de quem caminha por este
jardim interno. Retiradas da fazenda, as pedras conferiram um
clima natural ao ambiente recheado de espécies de simples
manutenção
Na própria fazenda em que se localiza esta casa, em itupeva, interior de são Paulo, o paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi, encontrou as pedras de que precisava para criar este aconchegante caminho de 20 m², que liga as áreas social e de serviço da sede. Entre elas, optou por pedriscos palha. as forrações de miniespada-de-são-jorge, dinheiro-em-penca e lambari foram eleitas para destacar o contorno do passeio: “Para que a terra das forrações não corresse para o caminho, usei separadores de canteiro de resina plástica reciclada”, explica Odilon. Tanto os pedriscos quanto as pedras foram assentados sobre uma manta permeável. A pedido da moradora, ele escolheu plantas de manutenção baixa e média para compor o projeto, como os vasos e tachos com bálsamo, espada-de-santa-bárbara, flor-de-pérola, aspargo, asplênio e filodendro-sanguíneo. Há, ainda, um painel vertical com orquídeas, columeias e ripsális, que dão charme a este jardim interno.

Para delimitar o contorno do caminho e evitar que a terra molhada e a água excedente da rega vazassem para o caminho, o paisagista usou separadores de canteiro. Pedras e pedriscos foram assentados sobre uma manta permeável.

O painel vertical foi feito com sobras de madeira pintadas de branco. Nos vasos, orquídeas, ripsális e columeias.


Bolachas de pequi orientam na mata
Renato Corradi
O caminho com espécies nativas da Mata Atlântica leva os
visitantes à entrada da casa do morador. Em harmonia com
o projeto, o passeio recebeu bolachas de pequi


Bolachas de pequi, encontradas no ateliê do designer Hugo França – famoso por produzir peças com madeiras já descartadas pela natureza –, conduzem os visitantes da entrada até a casa, nesta residência no bairro de Vila Nova Conceição, na capital paulista. A escolha, feita pelo paisagista Rodrigo Oliveira, está em harmonia com a ideia de mata que se tem neste jardim de 60 m², sensação, aliás, pedida pelo morador. Espécies típicas da mata atlântica – garimpadas em viveiros antigos, no Rio de Janeiro e no litoral paulista – foram plantadas de forma aleatória para criar uma proposital desordem. Palmito de origem certificada, jasmim-manga, ciclanto, helicônia, macaranga e orquídea-bambu ocupam o caminho.

As bolachas foram assentadas diretamente na terra e receberam uma camada de verniz fosco com areia para evitar acidentes.




Piso cimentício para a área externa
Renato Corradi
Passeando na área externa, os mascotes Scoth e Stick, da raça
Pastor de Shetland, aproveitam o caminho feito com placas
cimentícias, de características atérmicas e antiderrapantes

Um tapete de placas cimentícias confere um clima de verão a esta área de 6 m², no bairro paulistano do Morumbi, projetado pelo paisagista Roberto Riscala. Com uma textura que se assemelha à areia da praia, o piso solarium não passa por nenhum processo de secagem em fornos ou qualquer outra energia que degrada o ambiente. Seguindo a premissa de se aproximar ao máximo do natural, Riscala optou por não usar contrapiso: “assentei as placas sobre uma camada de areia, permitindo que a área ficasse permeável”, explica. Por ser atérmico e antiderrapante, o material não precisou receber nenhum tipo de acabamento. O entorno verdejante ficou por conta de maciços de murta, viburno, bambu-mossô-preto, canteiro de barba-de-serpente e vasos com buxinhos podados.

O tapete feito com as placas cimentícias não passa por nenhum processo de secagem em fornos, evitando gastos de energia ou queimas que degradam o meio ambiente. Além disso, foram assentados sobre uma camada de areia para colaborar com a permeabilidade da área 
Renato Corradi
Junto ao muro, bambus-mossô, vasos com buxinhos podados e, no chão, barbas-de-serpente


Fonte: Casa e Jardim

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