quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma boa história pode estar presente em fotos, diários, filmes e até – acredite! – em árvores


Foto: Pedro Abude

Lembrança de infância 
Uma paixão de família. Essa é primeira coisa que se deve saber sobre a jabuticabeira em questão. o amor pela frutífera vem desde a infância do engenheiro José Carlos, quando habitava esta pequena casa geminada com os pais. Daqui, ele mudou-se para um lugar maior e ganhou o seu primeiro pé da espécie. “o meu avô era húngaro e só conheceu a jabuticaba aqui no Brasil. Lembro que ficou fascinado pela fruta e, na época, eu também”, conta. a antiga propriedade da família virou escritório e ganhou um jardim de vila, recheado de lembranças, no projeto assinado pela paisagista Cláudia Muñoz, da Línea paisagismo. “a jabuticabeira é uma homenagem ao avô e, por isso, ela está no centro, rodeada por um canteiro de pedriscos”, explica Cláudia. Outras frutíferas, como o limoeiro, ficam acomodadas em vasos de barro.
....................................................................................................................................................
Foto: Pedro Abude

Crescendo com a dona 
A história deste pau- -ferro tem início com a compra desta casa, há 12 anos, pela arquiteta Kita Flórido. Ele foi um dos primeiros a habitar o jardim e, logo, tornou-se o queridinho da família. “Na verdade, tudo começou como uma brincadeira. Quando Teodora ensaiava os primeiros passos, com 1 ano, tiramos uma foto dela próximo da árvore. Eles tinham quase a mesma altura! No ano seguinte, repetimos a brincadeira. E assim continuamos por nove anos...”, conta Kita. A tradição é cumprida anualmente no dia do aniversário da menina, e o pau-ferro nunca perdeu o seu posto na passagem do jardim à garagem. Para quem se interessou pela espécie, algumas informações técnicas: o aspecto descascado é talvez a característica mais marcante da árvore, que pode atingir 30 m de altura. as suas flores amareladas só aparecem entre o verão e o outono, formando um inesquecível contraste com a folhagem verde.
....................................................................................................................................................
Foto: Pedro Abude

Olhos para ele 
Cobiçado pelo seu aroma, o jasmim manga vivia em segredo em um dos cantos desta casa no Morumbi, quando foi descoberto durante a reforma do terreno. a partir daí, a moradora não conseguiu mais se separar da árvore. “Como o jasmim estava no patamar superior do jardim, a única solução que encontramos foi escorregá-lo para o nível inferior. Precisamos de sete pessoas para a tarefa”, conta. Toda a obra foi acompanhada pela paisagista Sylvia Ribeiro da Luz, da Topiária paisagimo, que garantiu a integridade dos galhos durante o transplante. O esforço valeu a pena. Hoje, a árvore de 6 m tem o seu lugar no pátio principal, ao lado da piscina, na companhia da forração de agapanto. Ao fundo, a escada de pedra intercalada com grama-amendoim complementa a paisagem verde.
....................................................................................................................................................
Foto: Pedro Abude

Retirada do lixo 
O destino desta camélia seria trágico, se não fosse pelos cuidados de sua atual dona, a analista de sistemas Kathya. Encontrada há 7 anos em uma caçamba de lixo, a árvore originária do oriente tinha pouco menos do que sua altura máxima, 7 m, quando foi resgatada e transportada para o novo lar. “No mesmo dia em que fiquei sabendo da história, fui com o meu empreiteiro até o local e a colocamos em uma caminhonete”, conta Kathya. a aquisição inesperada fez com que a paisagista Elza Niero encontrasse um cantinho especial no jardim, bem perto do viveiro de pássaros, para o novo xodó da moradora. Recuperada do abandono, a camélia agora passa do outono ao inverno florida e é diariamente visitada pelos beija-flores.

FONTE: CASA E JARDIM

Nenhum comentário:

Postar um comentário