Cadeira de balanço Astúrias, de Carlos Motta
Cadeira Africa, de Rodrigo Almeida
O mundo está de olho no design brasileiro. Além do reconhecimento de profissionais como os irmãos Campana lá fora, cada vez mais eventos celebram a produção nacional de móveis. O Brazilian design: modern and contemporary furniture, que acontece em Berlim a partir do próximo dia 22 de março, é um deles. Organizada pela galeria Zeitlos, de Berlim, em parceria com a Vanishing Point, a mostra reunirá cerca de 80 peças brasileiras. De acordo com os organizadores, esta é a maior e mais importante exposição já feita na Europa sobre o design brasileiro. A ideia surgiu de um encontro entre Uwe Mönnike, proprietário da galeria, e o colecionador brasileiro Raul Schmidt Feliipe Jr. "O Brasil não é considerado apenas uma nação economicamente emergente. O país também é comentado no campo das artes e do design", diz Uwe, em entrevista exclusiva aCasa e Jardim.
Dividida em duas categorias, a mostra exibirá móveis e objetos do período modernista e também do design contemporâneo. A curadoria da primeira parte ficou a cargo da arquitetaLuciana Nemer Wiegmann, que selecionou criações de Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Oscar Niemeyer, Sergio Rodrigues, Joaquim Tenreiro, Jorge Zalszupin, José Zanine Caldas e Móveis Cimo. Já a escolha das peças contemporâneas foi feita pelo designer Zanini de Zanine. Na lista, estão trabalhos de Rodrigo Almeida, Brunno Jahara, Domingos Tótora, Maneco Quinderé, Sérgio Matos,Carlos Motta e da Ovo, além, é claro, de Fernando e Humberto Campana.
Casa e Jardim conversou com o alemão Uwe Mönnike e com o brasileiro Raul Schmidt Felippe Jr, os idealizadores da mostra. Confira a entrevista exclusiva:
Dividida em duas categorias, a mostra exibirá móveis e objetos do período modernista e também do design contemporâneo. A curadoria da primeira parte ficou a cargo da arquitetaLuciana Nemer Wiegmann, que selecionou criações de Lina Bo Bardi, Paulo Mendes da Rocha, Oscar Niemeyer, Sergio Rodrigues, Joaquim Tenreiro, Jorge Zalszupin, José Zanine Caldas e Móveis Cimo. Já a escolha das peças contemporâneas foi feita pelo designer Zanini de Zanine. Na lista, estão trabalhos de Rodrigo Almeida, Brunno Jahara, Domingos Tótora, Maneco Quinderé, Sérgio Matos,Carlos Motta e da Ovo, além, é claro, de Fernando e Humberto Campana.
Casa e Jardim conversou com o alemão Uwe Mönnike e com o brasileiro Raul Schmidt Felippe Jr, os idealizadores da mostra. Confira a entrevista exclusiva:
Prateleira Pássaros, de Zanini de Zanine
Casa e Jardim – Como surgiu a ideia de organizar uma exposição de design brasileiro em Berlim?
Uwe Mönnikes – A ideia nasceu no ano passado, depois que eu conheci Raul Schmidt Felippe Jr na Zeitlos-Berlin. Ele me disse que estava interessado em mostrar sua coleção de design aqui em Berlim.
Raul Schmidt Felippe Jr – Foi um ponto muito importante encontrar Uwe Mönnikes, um apaixonado por design e desbravador de novos modelos nesta área. Além disso, ele é fã do design brasileiro.
CJ – Existe algum ponto em comum entre o design brasileiro e o alemão?
UM – Definitivamente. Os designers brasileiros são diferentes dos europeus porque eles são mais flexíveis com relação aos materiais e às tradições. Mas as pessoas podem sentir a influência da escola Bauhaus no modernismo brasileiro que se manifestou nos “anos dourados” [período entre as décadas de 40 e 50].
CJ – Como vocês acham que o público vai receber a mostra na Alemanha? Quais são as expectativas?
RSF – A exibição tem, entre seus objetivos, contribuir com uma divulgação internacional maior do design brasileiro moderno e contemporêneo.
UM – O Brasil é o centro mais importante hoje do Zeitgeist [palavra alemã que simboliza o clima cultural e intelectual de uma certa época] internacional. Também aprecio a autoconfiança e naturalidade dos designers brasileiros. Gostaríamos de ser a primeira galeria de design alemã a tornar visível essa percepção, que ainda é abstrata, do design brasileiro e mostrar às pessoas o que está acontecendo por lá. O público alemão compreenderá isto imediatamente.
CJ – Houve alguma dificuldade em conseguir as peças para a mostra?
RSF – Como colecionador, tenho vontade de adquirir novas peças sempre que possível. Quando se trata dos contemporâneos, as dificuldades são menores. No caso dos modernos, as dificuldades são maiores, pois além de os móveis não serem mais produzidos, estão cada vez mais nas mãos de outros colecionadores, que dificilmente têm a intenção de vendê-las.
UM – É sensacional podermos exibir o banco Peixe, dos irmãos Campana – que vem à tona depois de ficar escondido por vinte anos, como uma das peças remanescentes da primeira exposição dele, depois da ditadura no Brasil!
Brazilian design: modern and contemporary furniture
De 22 de março a 5 de abril de 2012.
Galeria Zeitlos
Kantstrabe, 17, 10623
Berlim, Alemanha
Entrada gratuita
Mais informações: www.brazilianfurnituredesign.com
Uwe Mönnikes – A ideia nasceu no ano passado, depois que eu conheci Raul Schmidt Felippe Jr na Zeitlos-Berlin. Ele me disse que estava interessado em mostrar sua coleção de design aqui em Berlim.
Raul Schmidt Felippe Jr – Foi um ponto muito importante encontrar Uwe Mönnikes, um apaixonado por design e desbravador de novos modelos nesta área. Além disso, ele é fã do design brasileiro.
CJ – Existe algum ponto em comum entre o design brasileiro e o alemão?
UM – Definitivamente. Os designers brasileiros são diferentes dos europeus porque eles são mais flexíveis com relação aos materiais e às tradições. Mas as pessoas podem sentir a influência da escola Bauhaus no modernismo brasileiro que se manifestou nos “anos dourados” [período entre as décadas de 40 e 50].
CJ – Como vocês acham que o público vai receber a mostra na Alemanha? Quais são as expectativas?
RSF – A exibição tem, entre seus objetivos, contribuir com uma divulgação internacional maior do design brasileiro moderno e contemporêneo.
UM – O Brasil é o centro mais importante hoje do Zeitgeist [palavra alemã que simboliza o clima cultural e intelectual de uma certa época] internacional. Também aprecio a autoconfiança e naturalidade dos designers brasileiros. Gostaríamos de ser a primeira galeria de design alemã a tornar visível essa percepção, que ainda é abstrata, do design brasileiro e mostrar às pessoas o que está acontecendo por lá. O público alemão compreenderá isto imediatamente.
CJ – Houve alguma dificuldade em conseguir as peças para a mostra?
RSF – Como colecionador, tenho vontade de adquirir novas peças sempre que possível. Quando se trata dos contemporâneos, as dificuldades são menores. No caso dos modernos, as dificuldades são maiores, pois além de os móveis não serem mais produzidos, estão cada vez mais nas mãos de outros colecionadores, que dificilmente têm a intenção de vendê-las.
UM – É sensacional podermos exibir o banco Peixe, dos irmãos Campana – que vem à tona depois de ficar escondido por vinte anos, como uma das peças remanescentes da primeira exposição dele, depois da ditadura no Brasil!
Brazilian design: modern and contemporary furniture
De 22 de março a 5 de abril de 2012.
Galeria Zeitlos
Kantstrabe, 17, 10623
Berlim, Alemanha
Entrada gratuita
Mais informações: www.brazilianfurnituredesign.com
Banco Peixe, de Fernando e Humberto Campana
Cadeira assinada por Oscar Niemeyer
Cadeira Balão, de Sergio Matos
Cadeira de três pés, de Joaquim Tenreiro
Cadeira Moeda, de Zanini de Zanine
Fonte: Casa e Jardim
Luminária Itaipava, de Maneco Quinderé
Nenhum comentário:
Postar um comentário