Iluminação da sede latino-americana da Firminich, vencedora nas categorias especial (eficiência energética) e corporações, de autoria de Diego Romero e Lígia Valat (Design + Arquitetura)
Projetos vencedores buscaram certificação
Anualmente, a premiação da Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abilux) alterna a análise de produtos e de projetos de iluminação nacionais. Ainda jovem, e talvez excessivamente subdividida em categorias, a competição vem buscando ampliar sua representatividade entre os lighting designers, para o que podem colaborar resultados como o deste ano, em que alguns premiados demonstraram apuro técnico e beleza estética.
A edição de 2011 do Prêmio Abilux, dedicada ao lighting design, teve como destaque os ganhadores na categoria especial de eficiência energética.
O grande vencedor do certame foi a proposta desenvolvida por Diego Romero e Lígia Valati, da Design + Arquitetura, para a sede latino-americana de uma multinacional que concebe fragrâncias para a indústria cosmética.
Integrado à concepção dos interiores da edificação, também de autoria dos arquitetos, o projeto incidiu sobre as zonas de acesso social, que totalizam cerca de 4 mil metros quadrados de área de intervenção.
Superfícies e mobiliário, como assinalam os autores, foram pensados como elementos emissores de luz, direta ou indiretamente, de modo a qualificar, por exemplo, os repetitivos espaços de circulação.
Sede latino-americana da Firminich
Vencedora nas categorias especial (eficiência energética) e corporações
Da sinergia com os interiores veio a decisão de adotar materiais que possibilitassem distintas reflexões e divisões da luz pelos ambientes - vidro, aço e madeira prioritariamente - e o partido de criação de luminárias discretas, embutidas nos elementos arquitetônicos.
Elas utilizam lâmpadas fluorescente T8, led e vapor de sódio, tendo sido a certificação de eficiência energética no sistema Leed (conferida pelo Green Building Council) um dos requisitos do projeto.
São distintos cenários, como o conjunto de refletores, calha com luz fluorescente e leds de piso na recepção (um ambiente de dupla altura) e as requintadas salas de apresentação.
Sede latino-americana da Firminich
Iluminação da unidade-modelo da Casa Natura, criada por Marcos Castilha, vencedora da categoria lojas e segunda colocada na categoria especial
Nelas, o caráter teatral com que se apresentam as fragrâncias demandaram um sistema flexível de iluminação, composto por trilhos trifásicos no forro - com comandos independentes para as lâmpadas halógenas e de vapor metálico e células retangulares com backlight e luz difusa.
Ela resulta de sistema composto por caixa de alumínio, com acabamento de alto brilho na parte interna, e tela especial, retroiluminada. O segundo lugar na categoria foi concedido a um trabalho também envolvido com o processo de certificação de eficiência energética, no caso o Aqua Brasil.
Trata-se da iluminação da unidade-modelo da Casa Natura, localizada em Santo André, SP, que teve projeto arquitetônico concebido pelo escritório paulistano FGMF Arquitetos e luminotécnica por Marcos Castilha.
Pré-fabricação, transparências, conexão dos ambientes internos com o jardim externo, conciso espaço expositivo, com alta densidade de produtos, além dos requisitos da certificação, constituíram o cenário com o qual o lighting designer teve que lidar em sua proposta.
A luminotécnica atuou de forma a valorizar as transparências e texturas dos componentes metálicos aplicados nas fachadas, como os brises e caixilhos metálicos.
Até a iluminação das árvores do jardim frontal, ora feita com led, ora com lâmpadas de vapor metálico, interfere na iluminação arquitetônica, criando interessantes sombreamentos no pergolado de concreto da edificação.
Iluminação da unidade-modelo da Casa Natura
A arquitetura é de autoria do escritório FGMF Arquitetos
Revitalização da iluminação do Teatro Municipal de São Paulo, de Alain Maître e Fabiano Xavier (Atelier Lumiere), vencedora da categoria fachadas, monumentos, jardins e espaços públicos
Um dos desafios foi iluminar a área expositiva do térreo, composta por vários produtos de diferentes marcas da Natura, organizados em nichos e prateleiras individualizados. Por um lado, havia a demanda por elevados índices de iluminação e alta reprodução de cores; por outro, a questão era evitar sombras e ofuscamentos, sem contar a exigência da certificação, de minorar as densidades de potência.
O lighting designer, então, criou uma sanca de iluminação fluorescente - lâmpadas T8 de 14 e 28 watts - que contorna a periferia do ambiente, de modo a unificar visualmente os expositores e estimular o visitante a circular pelo local.
Em complemento, luminárias de fluxo assimétrico, do tipo wall washer, equipadas com refletores de alumínio de alto brilho, contornam linearmente as prateleiras, criando a iluminação difusa do plano vertical. Já a luz de destaque provém de luminárias embutidas no forro, com lâmpadas de vapor de sódio AR 111 equipadas com filtro antiofuscamento, e de difusores embutidos na marcenaria, localizados junto aos espelhos.
Esses dois projetos venceram também, respectivamente, nas categorias corporações e lojas, mas pode-se destacar ainda, entre os demais ganhadores, o trabalho de Alain Maître e Fabiano Xavier (Atelier Lumiere) para a revitalização da iluminação do Teatro Municipal de São Paulo, na categoria fachadas, monumentos, jardins e espaços públicos.
A relação completa dos vários premiados nesta edição do certame pode ser obtida no sitewww.abilux.com.br
O lighting designer, então, criou uma sanca de iluminação fluorescente - lâmpadas T8 de 14 e 28 watts - que contorna a periferia do ambiente, de modo a unificar visualmente os expositores e estimular o visitante a circular pelo local.
Em complemento, luminárias de fluxo assimétrico, do tipo wall washer, equipadas com refletores de alumínio de alto brilho, contornam linearmente as prateleiras, criando a iluminação difusa do plano vertical. Já a luz de destaque provém de luminárias embutidas no forro, com lâmpadas de vapor de sódio AR 111 equipadas com filtro antiofuscamento, e de difusores embutidos na marcenaria, localizados junto aos espelhos.
Esses dois projetos venceram também, respectivamente, nas categorias corporações e lojas, mas pode-se destacar ainda, entre os demais ganhadores, o trabalho de Alain Maître e Fabiano Xavier (Atelier Lumiere) para a revitalização da iluminação do Teatro Municipal de São Paulo, na categoria fachadas, monumentos, jardins e espaços públicos.
A relação completa dos vários premiados nesta edição do certame pode ser obtida no sitewww.abilux.com.br
Fonte: Arco Web
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