quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Veja quatro quintais e varandas fazem referência a uma época em que havia menos regras no paisagismo e muito mais jardinagem


Ares de interior 
A proprietária desta casa de vila, no Itaim Bibi, em São Paulo, queria que o jardim tivesse um ar campestre e romântico, seguindo a mesma linguagem da construção. O problema é que a área de aproximadamente 40 m² em “L” tinha dois corredores estreitos e um deles, o da frente, conservava um reservatório de água que comprometia ainda mais o espaço. “Revesti o reservatório de tijolos de demolição e o transformei em uma caixa para o apoio de quatro tinas de madeira, onde priorizei o plantio de temperos e agapantos”, diz a arquiteta paisagista Daniela Sedo. Nos cantos, ela usou bromélias-imperiais, junto à dracena já existente, e maciços de gardênia. No corredor lateral, que leva à entrada social, a paisagista criou um canteiro com pedriscos, íris e a trepadeira lanterna-chinesa. Nos galhos desta última, a moradora instalou comedouros e bebedouros, que fazem a alegria dos pássaros.

Pedro Abude
A fachada da casa abraçada pelos dois corredores em “L”
Pedro Abude
Em primeiro plano, gardênias, seguidas pelas tinas
com temperos e agapantos sobre a caixa de tijolos de
demolição. Mais no fundo, dracenas e bromélias
Pedro Abude
Detalhe das galinhas de ferro espetadas no vaso
Pedro Abude
O corredor lateral traz uma série de comedouros e bebedouros,
a maioria disposta no galho da trepadeira
lanterna-chinesa
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Pedro Abude
O colorido da mussaenda-arbustiva com inflorescência rosa,
do cróton de folhagem amarela, da primavera sobre o
telhado e do manacá-da-serra (no fundo, rente à parede azul)


Explosão de cores 
Quando a paisagista Susana Udler se mudou para esta casa, no Campo Belo, em São Paulo, havia poucas plantas no extenso quintal com cerca de 400 m². As enormes palmeiras e ipês-amarelos já estavam lá, mas faltava cor. Entre a sala e a piscina, Susana criou uma composição com mussaenda-arbustiva, cróton, primavera, gardênia, pingo-de-ouro, trombeta-roxa e manacá-da-serra, que deixam o jardim recheado de flores. Para as forrações, ela escolheu asistásia, barba-de-serpente, babosa e bulbine. O jardim com clima interiorano vira e mexe recebe saguis que sobem no frondoso cróton, com orquídeas e ripsális em seu tronco. “Como é o jardim de uma paisagista, ele vive em constante mudança. Trago muitas mudas para cá e acabei criando um viveiro na entrada, para depois usar as espécies nos meus projetos”, conta.

Pedro Abude
No fundo, as enormes palmeiras e ipês-amarelos que
já existiam no terreno
Pedro Abude
A vista que se tem da cozinha, com o pingo-de-ouro e a
gardênia em primeiro plano e a casa vista do outro
lado da piscina
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Vasos enfileirados 
Quando a paisagista Sylvia Ribeiro da Luz, da Topiaria Paisagismo, foi chamada para criar um projeto para esta varanda com 10 m de extensão e apenas 1,50 m de largura, os seis vasos altos já existiam. Em vez de começar o projeto do zero, Sylvia aproveitou os exemplares existentes e instalou rodízios em suas bases. A intenção não era apenas facilitar a movimentação na hora da limpeza, e sim virar os vasos para que todos os lados da planta se beneficiassem de algumas horas de sol. A paisagista plantou laranja-kinkan, camélia, jabuticaba e, no canto, uma primavera. Lantana, alisso e azulzinha foram usadas como forração. “Do outro lado, fica um móvel que eu desenhei para expor a coleção de orquídeas da moradora. Aproveitei para colocar vasos com bromélias, romã e hortelã”, diz.

Pedro Abude
A primavera ganhou um dos cantos da varanda. Ao lado dela,
um vaso com pimentas foi apoiado sobre uma base de madeira.
Em primeiro plano, jabuticabeira com azulzinha na base
Pedro Abude
O outro lado da varanda, com o móvel repleto de orquídeas,
bromélias, romã e hortelã
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Cobertura mineirinha 
A missão da arquiteta paisagista Juliana Freitas era trazer o clima mineiro para esta cobertura na Vila Mariana, em São Paulo. A moradora, que foi criada em uma fazenda, fazia questão de ter uma horta, para poder comer as verduras plantadas por ela. Como o corredor recebe bastante sol, o pedido foi facilmente atendido e hoje joaninhas e sapos de cerâmica se misturam entre os pés de alface, rúcula, cenoura e rabanete. Distribuído em vasos, o verde toma conta dos 28 m². Há exemplares de viburno, gardênia, arundina, tumbérgia-azul-arbustiva, sapatinho-de-judia, jasmim-manga, além de pés de limão-galego, limão-siciliano, jabuticaba, laranja e romã. “Fiz uma seleção bem variada de espécies, porque a moradora queria um jardim florido, perfumado e com diferentes texturas”, explica Juliana. O piso frio foi substituído por grama esmeralda com réguas de piso cimentício.

Pedro Abude
Detalhe da horta, que se estende rente ao guarda-corpo.
O piso cimentício da Castelatto cria um caminho entre a
grama esmeralda. No fundo, vaso com jabuticabeira.
Em primeiro plano, painel de madeira com columeias.
Pedro Abude
Fonte da Anni Verdi. O lance de escadas leva a uma
piscina. As lanternas, foram compradas em Minas Gerais
Fonte: Casa e Jardim

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