Estudar e dormir
Todos os estudantes conhecem oscript: encher-se de cafeína para afastar o sono e conseguir estudar o máximo na noite anterior à prova.
Mas estudos científicos provam que essa é uma má ideia.
O problema está no delicado equilíbrio entre estudo e sono.
Estudar, é claro, é um elemento chave para sair-se bem nas provas.
Mas o que os pesquisadores demonstraram em experimentos é que um sono adequado reflete-se igualmente nas notas.
Sono e aprendizado
Cari Gillen-O'Neel e seus colegas da Universidade da Califórnia em Los Angeles, afirmam que sacrificar o sono para estudar para uma prova, ou para fazer um trabalho escolar, é contraproducente.
Independentemente de quanto um aluno estuda por dia, se esse estudante sacrificar o tempo de sono a fim de estudar a mais do que o habitual, ele fica susceptível a ter mais problemas acadêmicos no dia seguinte, e não menos.
"Ninguém está sugerindo que os alunos não devam estudar," disse Andrew Fuligni, coautor do estudo. "Mas uma quantidade adequada de sono também é fundamental para o sucesso acadêmico. Estes resultados são consistentes com pesquisas emergentes que sugerem que a privação de sono impede o aprendizado."
Receita para estudar e dormir
Outras pesquisas já mostraram que os estudantes dormem cada vez menos conforme avançam nos estudos.
Um adolescente dorme em média 7,6 horas quando está no primeiro ano do ensino médio, um tempo que cai para 7,3 horas no segundo ano e 7 horas no terceiro.
"Com isso, os jovens começam a faculdade dormindo menos do que precisam, e essa falta de sono se torna pior conforme avançam," diz o professor Fuligni.
Em seus experimentos, que envolveram estudantes de diversas origens, os pesquisadores descobriram que, quanto menor o tempo de sono, maior é a associação com dificuldades na escola.
"O sucesso acadêmico pode depender de encontrar estratégias para evitar ter que abrir mão do sono para estudar, como a manutenção de uma programação consistente de estudos ao longo dos dias, usar o tempo escolar de forma tão eficiente quanto possível e sacrificar o tempo gasto em outras atividades menos essenciais," concluiu Fuligni.
Fonte: Diário da Saúde
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