sexta-feira, 13 de abril de 2012

Instalações modernas, espaços integrados definem renovação de hotel...

O piso original de mármore foi preservado no térreo. Os pilares receberam pintura que simula a aparência de concreto
O piso original de mármore foi preservado no térreo. Os pilares receberam pintura que simula a aparência de concreto
Proposta tem em vista fidelização do hóspede
O primeiro hotel Pullman no Brasil fica próximo do parque Ibirapuera, na zona sul da capital paulista. Voltado ao público executivo, o empreendimento de luxo ocupa o prédio onde funcionou uma unidade do Gran Mercure, também pertencente ao grupo francês Accor. A troca de bandeira levou à modernização das instalações, priorizando integração de espaços, conectividade em todos os ambientes e uma nova linguagem de interiores, com ênfase no design consagrado.
O escritório da arquiteta Consuelo Jorge foi contratado para fazer o retrofit do Grand Mercure Hotel e somente ao longo do desenvolvimento do projeto é que surgiu a proposta de mudar a bandeira para Pullman, uma linhagem de hotéis também operada pela Accor e até então inédita no Brasil.
Dirigida a executivos em viagens de negócios, ela foca excelência nos serviços, personalização no atendimento, conectividade em todos os ambientes e uma linguagem de interiores bastante refinada, em padrão que atenda ao público mais exigente.
Entre as intervenções realizadas ainda para o Gran Mercure incluem-se a reforma da academia de ginástica e a implantação do spa em um bloco construído especialmente.
Balcões de atendimento individual diferenciam a recepção. A luminária sobre os sofás é feita com chapas de policarbonato e leds
Balcões de atendimento individual diferenciam a recepção. A luminária sobre os sofás é feita com chapas de policarbonato e leds
A varanda acrescenta área e dá novo acesso ao restaurante principal
A varanda acrescenta área e dá novo acesso ao restaurante principal
As luminárias lineares oferecem iluminação indireta, com efeitos de luz no forro. A adega, ao fundo, tem capacidade para 800 garrafas
As luminárias lineares oferecem iluminação indireta, com efeitos de luz no forro. A adega, ao fundo, tem capacidade para 800 garrafas
As demais obras já foram feitas sob os parâmetros do Pullman, que só parou de funcionar pelo prazo de um mês, durante a reforma do andar térreo. O custo da renovação do empreendimento ficou em torno de 20 milhões de reais.
As dependências originais, com cerca de 15 anos de uso, estavam obsoletas, porém muito bem conservadas, o que possibilitou a preservação de alguns elementos, tais como o mármore que reveste piso e paredes no lobby.
“Além do prazo curto para as obras, não havia razão para remover um revestimento nobre, muito bem cuidado e assentado. Por isso optamos por polir o material, deixando-o como novo”, detalha Consuelo.
Somente nos acréscimos de área é que foi utilizado o revestimento em laminados vinílicos de padrão madeirado, o que facilita a identificação desses espaços. A recepção apresenta balcões individuais, como nos aeroportos, a fim de permitir vários atendimentos simultâneos e com privacidade.
As intervenções abrangeram cabines dos elevadores, parte do centro de convenções e os dois restaurantes, que também receberam laminados vinílicos em substituição aos antigos carpetes.
O It, o restaurante principal, ganhou varanda coberta e entrada pelo pátio lateral, de modo a configurar um acesso exclusivo para os não-hóspedes, sem necessidade de cruzar o lobby.
Vista do restaurante Pateo, que funciona no café da manhã
Vista do restaurante Pateo, que funciona no café da manhã
O mesão é um dos focos de atração do restaurante It. Os comensais acompanham de perto o chef preparando seus pratos
O mesão é um dos focos de atração do restaurante It. Os comensais acompanham de perto o chef preparando seus pratos
Seu projeto gira em torno de dois elementos: um forno especial australiano, considerado a estrela da cozinha e usado no preparo de quase todos os pratos; e o mesão para convidados do chef, que também funciona como ponto de encontro para viajantes solitários, sem companhia para as refeições. O segundo restaurante serve apenas o café da manhã.
O hotel tem dois tipos de quartos. Os maiores têm vista para o parque Ibirapuera e os menores são voltados para as ruas do bairro do Paraíso.
A planta original das suítes maiores era compartimentada e o novo projeto unificou totalmente o espaço, criando quartos amplos com banheiros integrados.
“Somente o ponto da bacia sanitária foi mantido, o resto foi completamente modificado”, detalha Murilo Nogueira, um dos autores do projeto.
A banheira de hidromassagem divide as áreas do quarto e do banheiro e pode permanecer exposta ou ser visualmente protegida por cortina rolô.
A iluminação é indireta e dispensa pontos no teto a fim de facilitar a manutenção. O banheiro é revestido por nanoglass na cor branca, um material vitrificado e de elevada resistência.
A princípio, foi feita a renovação dos quartos do 11º andar. “O hotel lota o ano inteiro e não seria possível fechar completamente para fazer a reforma de uma só vez. A solução é isolar um andar, fazer as obras e só depois que tudo estiver pronto passa-se para o seguinte”, finaliza Consuelo.


De noite, os números dos quartos iluminam o corredor
De noite, os números dos quartos iluminam o corredor
As instalações permitem fazer reuniões no quarto e até usar a TV como monitor. O frigobar fica oculto dentro do armário
As instalações permitem fazer reuniões no quarto e até usar a TV como monitor. O frigobar fica oculto dentro do armário
Quarto e banheiro são totalmente integrados, mas é possível fechar a cortina rolô da área da banheira
Quarto e banheiro são totalmente integrados, mas é possível fechar a cortina rolô da área da banheira
Os quartos principais têm vista para o parque Ibirapuera. O briefing do cliente pedia mobiliário de design para dar identidade ao hotel
Os quartos principais têm vista para o parque Ibirapuera. O briefing do cliente pedia mobiliário de design para dar identidade ao hotel


Fonte: Arco Web

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