Proposta do escritório Solé Associados para a sala da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Edificação será construída em frente do parque Maurício Sirotsky Sobrinho
Harmonia atravessa no projeto da sala da Sinfônica de Porto Alegre
Se um compositor decidisse transformar em sinfonia o percurso da construção da futura sede da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), a peça contemplaria desde movimentos mais lentos (períodos em que o projeto foi quase esquecido) até outros mais dinâmicos, intensos, passionais até. Estes prevaleceriam no final de 2011, fase em que estava prevista a contratação das obras de fundação do prédio.
No dia 12 de dezembro passado, a Fundação Cultural Pablo Komlós, instituição criada com o objetivo de apoiar a construção e manutenção da sala sinfônica e sede da orquestra, planejava abrir os envelopes das empresas candidatas a realizar essa etapa da construção, projetada pelo escritório Solé Associados, de Porto Alegre.
O projeto vencedor de concurso realizado na década de 1990, desenvolvido por Júlio Collares, Dalton Bernardes e Marcos Peres, deveria ter sido implantado junto ao cais Mauá
A edificação será implantada em frente do parque Maurício Sirotsky Sobrinho. “O terreno é maravilhoso”, diz o engenheiro Ismael Solé, um dos sócios do escritório. A localização privilegiada - entre a Usina do Gasômetro e a Câmara dos Vereadores, defronte ao rio Guaíba -, explica Solé, foi aproveitada para criar um edifício aberto para a cidade, “com visões panorâmicas do rio”, acrescenta.
De propriedade da prefeitura, o lote foi repassado ao governo do estado com essa finalidade. Antes desse terreno, chegou-se a considerar a possibilidade de a sala da Ospa ser erguida junto ao shopping Total, no bairro Floresta, mas a iniciativa não prosperou.
Mais antiga ainda é a proposta idealizada por Júlio Collares, Dalton Bernardes e Marcos Peres, que venceram um concurso público cujo resultado foi registrado por PROJETO DESIGN em dezembro de 1997, na edição 215. A obra, explicava o texto, estava prevista no plano urbanístico Porto dos Casais, que havia sido desenvolvido para o cais Mauá, na região central da cidade.
Quase 15 anos depois, tanto a sede da Ospa quanto a revitalização do cais Mauá (leia PROJETO DESIGN 372, fevereiro de 2011) estão de volta à pauta. “A decisão está tomada e as obras começam antes do final do ano”, afirmou, em outubro, o secretário estadual da Cultura, Assis Brasil, após ser informado de que o governo federal liberaria 20 milhões de reais para a construção da sala.
O IAB/RS advoga, porém, que o projeto da sala seja escolhido por concurso e enviou ofício ao governador Tarso Genro no qual faz essa solicitação. Solé diz que, por princípio, é contra a realização de concursos de arquitetura - “trabalha-se de graça” - e que seu escritório não participa dessas competições.
A contenda recorda a comparação de um profissional gaúcho a respeito da arquitetura no Rio Grande do Sul: “Parece um balaio de caranguejos - quando um está em cima, outro o puxa para baixo”. Como se vê, no caso da orquestra, a harmonia não reina nos pampas.
De propriedade da prefeitura, o lote foi repassado ao governo do estado com essa finalidade. Antes desse terreno, chegou-se a considerar a possibilidade de a sala da Ospa ser erguida junto ao shopping Total, no bairro Floresta, mas a iniciativa não prosperou.
Mais antiga ainda é a proposta idealizada por Júlio Collares, Dalton Bernardes e Marcos Peres, que venceram um concurso público cujo resultado foi registrado por PROJETO DESIGN em dezembro de 1997, na edição 215. A obra, explicava o texto, estava prevista no plano urbanístico Porto dos Casais, que havia sido desenvolvido para o cais Mauá, na região central da cidade.
Quase 15 anos depois, tanto a sede da Ospa quanto a revitalização do cais Mauá (leia PROJETO DESIGN 372, fevereiro de 2011) estão de volta à pauta. “A decisão está tomada e as obras começam antes do final do ano”, afirmou, em outubro, o secretário estadual da Cultura, Assis Brasil, após ser informado de que o governo federal liberaria 20 milhões de reais para a construção da sala.
O IAB/RS advoga, porém, que o projeto da sala seja escolhido por concurso e enviou ofício ao governador Tarso Genro no qual faz essa solicitação. Solé diz que, por princípio, é contra a realização de concursos de arquitetura - “trabalha-se de graça” - e que seu escritório não participa dessas competições.
A contenda recorda a comparação de um profissional gaúcho a respeito da arquitetura no Rio Grande do Sul: “Parece um balaio de caranguejos - quando um está em cima, outro o puxa para baixo”. Como se vê, no caso da orquestra, a harmonia não reina nos pampas.
Fonte: Arco Web
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