Você sabe quanto custa uma borracha látex, dessas usadas pelas crianças na escola? A resposta, pelo menos em São Paulo, pode variar bastante. É o que mostra uma nova pesquisa realizada pelo Procon-SP. Profissionais do órgão avaliaram 78 estabelecimentos do estado (na capital e no interior) entre os dias 7 e 9 de janeiro e verificaram que o preço do material escolar pode variar até 450% de um para outro. A borracha, no caso, foi encontrada por R$ 0,40 em uma loja e por R$ 2,20 em outra.
“Isso, infelizmente, acontece todos os anos. Nesta última pesquisa, a variação máxima que encontramos foi de 450%, mas observamos diferenças altas, de 100%, 200% e 300%, em grande parte dos itens”, disse Valéria Garcia, diretora de estudos e pesquisas do Procon-SP.
Na comparação de preços, feita no total com 195 itens, 52 tiveram diferença abaixo de 50%, 88 tiveram diferença entre 50% e 100% e 55 tiveram diferença acima de 100%. Segundo Valéria, as maiores variações foram encontradas em objetos pequenos, como na borracha e na caneta esferográfica.
“As pessoas já sabem que os cadernos, por exemplo, especialmente os de personagem, costumam ser caros, então tomam mais cuidado quando vão comprá-los. Os itens pequenos, por outro lado, passam despercebidos no meio da compra, já que poucas pessoas têm noção de quanto eles devem custar”, afirmou.
A primeira dica que a profissional dá para que você evite gastar mais do que o necessário nesse momento é fazer uma lista de todo o material que deve ser comprado e reservar um tempo para pesquisar preços em, no mínimo, três estabelecimentos diferentes. Assim, você não comprará nada além do que o seu filho precisa e ainda terá uma boa noção da variação de preço que aqueles produtos podem ter.
Mais dicas preciosas
1. Muito do material que seu filho usou no ano passado ainda pode ser utilizado este ano. Apontador, estojo, tesoura, régua e outros itens costumam apresentar bom estado de conservação. Confira e avalie o que deve ou não ser substituído por produtos novos.
2. Fique atenta à lista de pedidos da escola, pois algumas podem conter exageros. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a "venda casada" é proibida, o que significa que a escola não pode exigir marcas ou locais de compra específicos. A exceção fica para o caso de apostilas pedagógicas próprias do colégio. A escola também não pode exigir a compra de materiais de higiene pessoal e limpeza, e nem cobrar taxas para suprir despesas com água, luz e telefone.
3. Em relação aos livros didáticos, converse com pais que tenham filhos em idade escolar diferentes do seu. Os livros utilizados pela turma do ano passado, provavelmente, serão os mesmos deste ano. Assim, tente realizar trocas ou comprar os livros por um preço mais em conta.
4. Antes de sair às compras, converse com seu filho para saber o que ele quer ou precisa. Caso decida levá-lo junto com você, explique os limites do seu orçamento e o avise que vocês irão pesquisar os preços antes de comprar os produtos.
5. Evite os itens com aparência de brinquedo ou com imagens de personagens e artistas. Esses artigos licenciados costumam ser os mais caros. Mas, caso seu filho insista por produtos com personagens e temáticas específicas, apresente a ele a opção dos adesivos. Vocês podem colar imagens dos ídolos dele na capa do caderno, por exemplo.
6. Algumas lojas dão desconto para compras em grande quantidade. Assim, sempre que possível, tente conversar com outros pais para realizar compras conjuntas.
7. Uma vez realizada a compra, exija a nota fiscal! Ela pode poupar dores de cabeça em caso de troca.
7. Uma vez realizada a compra, exija a nota fiscal! Ela pode poupar dores de cabeça em caso de troca.
Fonte: Crescer
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