quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cruzadas ou emparelhadas, de madeira ou de ferro, as treliças funcionam como biombos, painéis, molduras ou até extensões de muros


Biombo de salvaçãoAs três folhas articuladas, cada uma com 1, 40 m de largura, foram encaixadas entre os vãos, formando o painel de 2,30 x 3,60 m neste projeto no Pacaembu, em São Paulo. Segundo o paisagista Léo Laniado, a versão tipobiombo dá movimento à peça, que tem a função de esconder a área de serviço. Aos poucos, as ripas de cumaru são encobertas pelos exemplares de ipomeia-rosa (1) e lágrima-de-cristo (2). No vaso de barro, jasmim-estrela (3).
Evelyn Müller
Evelyn Müller
O espaçamento de 6 cm entre as réguas permite o encaixe das treliças, formando o painel articulado

Evelyn Müller
Folhas desalinhadas
Se é difícil esconder um ar-condicionado em uma fachada, o que dirá de seis aparelhos? Nesta casa, no Morumbi, capital paulista, eles foram reunidos em um corredor com 2,80 m de largura e disfarçados com duas treliças. Em vez de usar uma única peça, a paisagista Paula Galbi dispôs as duas folhas de 1,50 x 3 m desalinhadas. “O vão de 70 cm entre as folhas permite a entrada de pessoas, sempre que for necessária a manutenção dos aparelhos, ou até mesmo para guardar o equipamento de limpeza da piscina”, diz Paula. À frente das treliças, aparecem os maciços de fórmio-rubro (1) e o jasmim-estrela (2), que escala a estrutura rapidamente.
Cena parisiense
Em menos de uma semana, a paisagista Drica Diogo, do escritório Pateo Arquitetura e Paisagismo, mudou a cara de um canto de 5,50 m² que tinha livre em sua cobertura, no bairro da Pompeia, em São Paulo. A inspiração para o espaço estreito veio dos jardins nos prédios de Paris. “eu tinha acabado de voltar de viagem e quis usar um pouco do que vi por lá”, diz.A paisagista criou uma treliça de ipê, escurecida com betume e envernizada com seladora fosca para área externa, na largura da parede de 65cme acomodou em sua base dois cachepôs do mesmo material.o mais alto, com 1m de altura, abriga um jasmim-estrela (1) com forração de hera-variegada (2). “A hera esconde a base da trepadeira, que não é bonita”, afirma Drica. No cachepô mais baixo, em "l", com 70 cm de altura, ficam os temperos que a paisagista usa quando cozinha para os amigos: alecrim para os peixes, hortelã para a água aromatizada, além de manjericão, salsinha e cebolinha.
Evelyn Müller
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O jasmim-estrela deve ser cultivado a pleno sol. Suas flores brancas com raios estreitos são muito perfumadas
Moldura para o espelho A Paisagista Sylvia Luz, da Topiária Paisagismo, gosta de usar espelhos nos jardins que projeta para ampliar a visão do verde. em sua casa, no Jardim Europa, em São Paulo, utilizou o mesmo recurso, porém acrescentou uma moldura para conduzir a ipomeia-rubra (1). “No verão, quando floresce, a ipomeia cria uma moldura pink ao longo de todo o espelho”, diz Sylvia. Já no inverno, quando perde parte das folhas, quem aparece até mesmo na treliça é a falsa- -vinha (2), que cobre o muro. A moldura que guia a ipomeia foi feita de módulos de madeira nas medidas 1,20 x 0,30 m. Abaixo do espelho, o banco de granito ganhou forração de minigardênias (3). À esquerda dele, camélia vermelha (4), e à direita, camélia branca (5). 
Evelyn Müller
Veja descriçao acima

Evelyn Müller
Note como algumas folhas da trepadeira falsa-vinha ganham uma tonalidade avermelhada no outono. Em regiões mais frias, elas chegam a ficar roxas

Evelyn Müller
 
Sem trabalho extra
Inserir verde sem dobrar o trabalho com a manutenção da área foi a meta do paisagista Ricardo Pinto para a varanda desta casa, no Jardim Europa, em São Paulo. O ambiente em que o morador, o chef Sergio Arno, geralmente oferece almoços para os amigos ganhou uma treliça de ferro pintada na cor ferrugem, de 3 x 2 m. Na extremidade direita da treliça, onde bate sol, uma hera-africana (1) foi plantada no vaso de barro em meia-lua. “escolhi essa espécie de meia-sombra porque o restante da treliça não recebe sol, mas as suas folhas não se incomodam de ficar na sombra”, afirma Ricardo. A treliça está distante da parede 15 cm para evitar o acúmulo de insetos e permitir que os galhos da hera-africana engrossem. Além da trepadeira, a estrutura de ferro serve de apoio para os vasos de orquídea.


Livre de olhares curiosos
A treliça de ferro com pintura eletrostática resolveu uma das situações mais comuns entre vizinhos, a de ver e ser visto, quando tudo o que se deseja é ter privacidade. Nesta casa, no Alto de Pinheiros, em são Paulo, os telhados vizinhos exigiam que a varanda da suíte principal fosse fechada com plantas altas. em vez de reduzir o espaço livre com muitos vasos, o paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi, usou a estrutura de2 x 1 m para fechar parte da área com a ipomeia-rubra (1). Além da treliça, a clúsia (2) podada no formato de árvore também limita a visão da varanda e deixa o local mais verdejante.
 
Evelyn Müller
Veja descrição acima
 
Evelyn Müller
A ipomeia - rubra floresce geralmente nos meses de primavera e verão. Em regiões de clima mais frio, pode perder parte de suas folhas
 
Evelyn Müller
Nem sinal de muro
Três treliças de cumaru foram alinhadas na varanda desta casa, no Pacaembu, em São Paulo.O espaço com vista para a sala pedia elementos que tirassem a atenção do muro, “daí o uso de quadros vivos”, diz o paisagista Leo Laniado. Para subir a treliça, Leo optou pelo jasmim-italiano (1), que foi plantado atrás da estrutura. separada da sala apenas por um vidro, a varanda recebeu uma pérgola de toras de eucalipto com cobertura de sete-léguas (2), assim a área permanece sombreada. Ao lado da treliça, ao fundo, um arbusto de camélia (3).

Fonte: Casa e Jardim

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