Na sala de estar, sofá estilo anos 1950 com patchwork de Ana Morelli, executado pela tapeceira Lilian Capotorto. À esquerda do bufê, fabricado pela Magal Marcenaria, o abajur de madeira torneada é herança de família. Na parede, obra de Celso Orsini. Sobre a mesa de centro, vasos de Murano, da Teo. Poltronas com assento de couro, da Fernando Jaeger
Muitas são as maneiras de contar uma história. A dessa residência, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, começa pela parte mais emocionante: três meses depois de comprá-la, a designer Ana Morelli se arrependeu. A culpa não foi do imóvel. Mas da vida e suas reviravoltas. Casada, mãe do Martim, um bebê de 1 ano e meio, mal havia acabado de pagar as primeiras parcelas e teve de deixar a agência publicitária da qual era sócia. Em seguida, Ana engravidou de Sofia, a caçula, separou-se do marido e, vida do avesso por vida do avesso, resolveu mudar de profissão: fez um curso de patchwork e decidiu trabalhar com isso. Em meio ao caos, a decoração do ambiente foi montada às pressas. “Mandei fazer armários baratos, enfiei os móveis que eu já tinha, improvisei”, diz Ana. Colecionadora de relíquias de sua família – louças, cristais e afins da vovó – ela já estava acostumada a ver suas pérolas guardadas em caixas ou misturadas aos brinquedos das crianças. Hoje, seis anos depois, Ana Morelli é dona de sua marca e conseguiu arrumar a casa.
Acionar a designer de interiores Maristela Gorayeb não foi um capricho, mas uma questão – exagerando um bocado – de sanidade mental. “Conviver com armário que não fecha direito é um inferno”, conta a moradora. A transformação proposta pela profissional não envolveu obra nem quebradeira. Bastou um bom projeto de marcenaria. “Fiz um levantamento de todos os objetos da Ana e projetei os armários para fazê-los caber”, diz Maristela. Papéis, CDs e DVDs que antes tumultuavam a sala agora ficam escondidos no móvel sob a TV. Ao redor do sofá há nichos para bibêlos e uma estreita bancada de trabalho. Executados sob medida, os móveis nos tamanhos adequados e com funções certas mudaram a dinâmica da casa. A mesa de jantar continua generosa, porém com respiro entre as cadeiras e a parede. Nos quartos das crianças, brinquedos e material escolar têm lugar certo. A suíte da designer sintetiza mais soluções. Desenhada por Maristela, a cama tem uma base central em vez de pés nas extremidades, o que facilita a circulação. Reaproveitar na medida do possível os móveis já existentes foi outra preocupação da profissional. Os pés da mesa de jantar e do aparador vieram de uma antiga mesa mineira. Esta, por sua vez, cedeu parte do tampo à nova mesa de centro – retangular e baixa, onde as crianças podem brincar. No estar, o sofá estilo anos 1950 foi pinçado de uma loja de segunda mão e revestido de patchwork. “Pensei na marcenaria neutra para ressaltar as peças coloridas da Ana”, diz Maristela. Para Ana, teria sido impossível organizar tanta informação não fosse um olhar isento. E pensar que seu trabalho de coordenar tecidos, desenhos e estampas passa por isso. “Casa de ferreiro, espeto de pau”, conclui a designer.
Acionar a designer de interiores Maristela Gorayeb não foi um capricho, mas uma questão – exagerando um bocado – de sanidade mental. “Conviver com armário que não fecha direito é um inferno”, conta a moradora. A transformação proposta pela profissional não envolveu obra nem quebradeira. Bastou um bom projeto de marcenaria. “Fiz um levantamento de todos os objetos da Ana e projetei os armários para fazê-los caber”, diz Maristela. Papéis, CDs e DVDs que antes tumultuavam a sala agora ficam escondidos no móvel sob a TV. Ao redor do sofá há nichos para bibêlos e uma estreita bancada de trabalho. Executados sob medida, os móveis nos tamanhos adequados e com funções certas mudaram a dinâmica da casa. A mesa de jantar continua generosa, porém com respiro entre as cadeiras e a parede. Nos quartos das crianças, brinquedos e material escolar têm lugar certo. A suíte da designer sintetiza mais soluções. Desenhada por Maristela, a cama tem uma base central em vez de pés nas extremidades, o que facilita a circulação. Reaproveitar na medida do possível os móveis já existentes foi outra preocupação da profissional. Os pés da mesa de jantar e do aparador vieram de uma antiga mesa mineira. Esta, por sua vez, cedeu parte do tampo à nova mesa de centro – retangular e baixa, onde as crianças podem brincar. No estar, o sofá estilo anos 1950 foi pinçado de uma loja de segunda mão e revestido de patchwork. “Pensei na marcenaria neutra para ressaltar as peças coloridas da Ana”, diz Maristela. Para Ana, teria sido impossível organizar tanta informação não fosse um olhar isento. E pensar que seu trabalho de coordenar tecidos, desenhos e estampas passa por isso. “Casa de ferreiro, espeto de pau”, conclui a designer.
Na sala, Ana Morelli e a filha Sofia. Banco ripado,
design de Maristela Gorayeb, e espelho francês, comprado
em antiquário
design de Maristela Gorayeb, e espelho francês, comprado
em antiquário
Na varanda, banco com almofadas, criações da moradora.
Pufe revestido de tecido da linha Cascais, lançamento
de Ana Morelli para áreas internas e externas. Chapéus
vietnamitas pintados de branco, da Katmandu, enfeitam a parede
Pufe revestido de tecido da linha Cascais, lançamento
de Ana Morelli para áreas internas e externas. Chapéus
vietnamitas pintados de branco, da Katmandu, enfeitam a parede
A sala de jantar tem mesa, 1,90 x 0,85 m, com aparador
acoplado, 0,45 x 2,21 m, ambos com pés reaproveitados de
uma mesa rústica mineira. Na parede, o efeito dos vários
espelhos agrupados. Os lustres de cristal, os bules com
flores e as xícaras são relíquias de família
acoplado, 0,45 x 2,21 m, ambos com pés reaproveitados de
uma mesa rústica mineira. Na parede, o efeito dos vários
espelhos agrupados. Os lustres de cristal, os bules com
flores e as xícaras são relíquias de família
Vista do estar para a sala de TV, que tem prateleiras e
móvel de apoio para CDs, DVDs e papéis. Nas costas do sofá,
bancada de trabalho projetada por Maristela Gorayeb e
banco Or, de Ana Morelli
móvel de apoio para CDs, DVDs e papéis. Nas costas do sofá,
bancada de trabalho projetada por Maristela Gorayeb e
banco Or, de Ana Morelli
No detalhe, lembranças de viagens ao México (espelho) e Suécia (cavalo de madeira) . Mesa de centro, 0,50 x 2,14 m, feita com o tampo da antiga mesa de jantar. Caixas decorativas, da Katmandu. Ao lado, os nichos laterais do sofá, com escultura, vaso e bowl, da Teo. A cadeirinha infantil pertenceu à moradora quando criança
A moradora Ana Morelli, à frente do abajur de Murano com cúpula plissada, da Teo. Detalhes da suíte: nicho espelhado no guarda-roupa. Placa metálica para ímas na parede do corredor. Passadeira, da Katmandu
Desenhada pela designer de interiores Maristela Gorayeb, a cama com pé central facilita a circulação. Tapete, da By Kamy. Cabeceira estofada de chenile, executada por Lilian Capotorto. Colcha de patchwork, da By Kamy, com mantas, da Empório Beraldin. Na parede, fotografias, de Valentino Fialdini à venda na Coisas da Doris. Ao lado,quadro, da Coisas da Doris
No quarto de Sofia, colcha com estampa da linha Évora,
lançamento de Ana Morelli.
lançamento de Ana Morelli.
Detalhe da bancada e dos nichos para livros
No quarto de Martim, o painel de ipê de demolição em toda a parede, feito pela Magal Marcenaria, substitui a cabeceira. Colcha e almofadas, da Empório Beraldin. Na escrivaninha, gaveteiro vermelho, da Hits. Tapete, da By Kamy
Fonte: Casa e Jardim
Fonte: Casa e Jardim
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