segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A madeira é um recurso cada vez mais valorizado nos projetos paisagísticos...


Só dá ela!
Graças ao uso da madeira, tudo remete a aconchego na área externa de 250 m² desta casa no Ipiranga, em são Paulo. Designer de interiores, Cristiane oliveira, a moradora, tirou partido da matéria-prima em vários pontos, para conseguir um ambiente em que pudesse receber bem amigos e familiares.

Como gosta de cozinhar, Cristiane criou o banco de peroba-rosa, 4 x 0,45 x 0,40 m, na área da varanda onde está a churrasqueira. além de acomodar as visitas, o móvel rodeia o espaço e assume as vezes de guarda-corpo. No mesmo ambiente, uma horta vertical feita de vasos-latões presos a uma antiga grade garante o toque especial às receitas realizadas ao ar livre.amadeira aparece, ainda, nas “bolachas”de troncos de árvores instaladas no piso de cimento queimado com borda de tijolos. “Gosto dessa combinação, pois me lembra a infância na casa de minha mãe”, diz a moradora.

O astral de casa do campo fica por conta das miniazaleias plantadas nas jardineiras feitas com madeira de demolição, 0,60 x 0,20 x 0,24 m, abaixo das janelas. O material também foi escolhido para os degraus da escada feitos de dormentes – intercalados por grama e maria-sem-vergonha – e para o painel de pínus do jardim de inverno, onde estão os vasos de espada-de-são-jorge.
Evelyn Müller e Tatiana Villa
As miniazaleias foram plantadas direto nas jardineiras de madeira de demolição. Abaixo delas, a moréia espera sua época de floração
Evelyn Müller e Tatiana Villa
O corredor do jardim de inverno recebeu o painel de pínus escurecido, onde foram pendurados o avental da Zona D e os acessórios da Verde Vaso. Nos vasos, espadas-de-são-jorge. Ao fundo, samambaias criam uma cobertura natural
Evelyn Müller e Tatiana Villa
Para receber melhor as visitas, a moradora providenciou o banco de peroba-rosa, que também assume a função de guarda-corpo. Na grade antiga, floreiras de latão acomodam ervas e temperos
Evelyn Müller e Tatiana Villa
Feitos de dormentes, os degraus têm espaço de 6 cm entre um e outro:bom para plantar grama e maria-sem-vergonha

  Dicas
  • Criar um canteiro de pedriscos, como oda foto acima, sob a horta vertical, ajuda a drenar a água excedente da rega evitando doenças, como a dengue.
  • A mistura da madeira com tijolos, cerâmica e cimento dá um clima rústico à ambientação.
  • A execução de um painel vertical é descomplicada. O desta página foi preso à parede por pregos sem cabeça, para um melhor acabamento.
    oras coordenadas
    É quase imperceptível, mas o desnível nesta casa, no início da serra da Cantareira, em São Paulo, é bem acentuado. Para produzir essa sensação de planície, o paisagista Luiz Felipe Rudge leite usou peças quadradas de madeira para a contenção dos arrimos e criou pequenos ambientes com desníveis de 1 a 1,20 m entre um e outro. Logo na entrada, uma prancha com 1,50 m de comprimento, feita de tábuas de tatajuba de 20 x 8 cm, faz o papel de ponte sobre o espelho d’água seco, de mosaico português caramelo. Peças mais finas, de 15 x 15 cm, promovem a contenção da terra e funcionam como cachepôs para o jardim que vem a seguir, com maciços de mil-cores, estrelítzias e clúsias.

    As espécies se alternam por toda a extensão da fachada. e, mais ao fundo, ganham a companhia de orquídeas-bambu e dracenas, entremeadas por totens de madeira tatajuba, que dão privacidade à janela do banheiro do casal. Todas as madeiras foram tratadas com óleo de linhaça diluído em aguarrás. O acabamento conserva a madeira e mantém o seu aspecto acinzentado natural.
    Evelyn Müller e Tatiana Villa
    Com o desafio de nivelar o terreno, o paisagista optou pelo bom uso da madeira, em níveis. Ela aparece na prancha que leva ao espaço, nas toras, nos degraus e cachepôs que acomodam maciços de mil-cores, estrelítzias e clúsias
    Dicas
    • Prefira madeiras mais duras para o uso em área externa, entre elas, cumaru, itaúba e tatajuba.
    • Em estruturas de madeira, priorize a impermeabilização das partes que vão ficar em contato com a terra ou, no caso dos pilares, faça uma base de ferro ou cimento para preservar a madeira.
      Harmonia aparente
      Evelyn Müller e Tatiana Villa
      Aproveitando a lateral do jardim, a dupla de paisagistas trabalhou a madeira de demolição no piso, no painel e nas bancadas. Orquídeas e fícus enchem o espaço de vida
      Dicas
      • A bancada permite a mobilidade visual do jardim. As espécies podem ser mudadas de acordo com a época de floração.
      • Além de ser ecologicamente correta,amadeira de demolição é um bom recurso para imprimir naturalidade ao jardim.


      Trazer o verde inspirado na natureza e suas matérias-primas naturais. essa ideia ditou o tom do jardim de 900 m² na Vila Madalena, em São Paulo. Assinado pela dupla Gilberto Elkis e Natália Herrero, da Gilberto Elkis Paisagismo, o espaço teve como ponto de partida o emprego da madeira para o bom convívio do casal com filhos e dos convidados, que usufruem a área externa. “Aproveitamos a lateral do jardim para criar um painel de madeira que, alinhado como piso do mesmo material, aquece e compõe harmoniosamente com a arquitetura local”, conta Natália.

      Executaram-se piso, painel e bancadas com uma madeira de demolição fornecida pelo próprio cliente. No piso e no painel ela foi mantida em sua cor natural, com as pinturas e marcas pré-existentes. Apenas as usadas nas bancadas foram lixadas. sobre estas, montou-se um miniorquidário, arrematado pela estrutura – também de madeira de demolição–onde são suspensos os vasinhos. Plantados em vasos, os fícus com forração de grama-amendoim dão equilíbrio à volumetria.
      Troca sem transtorno
      A cobertura localizada no bairro paulistano do Brooklin Novo era perfeita para os moradores – a não ser pela área da piscina. O casal achava o espaço de 52 m² muito frio e sem personalidade. Incumbido de dar cara nova à área, sem muito quebra-quebra, Eduardo Mera, da Mera Arquitetura e Paisagismo, propôs um deque de madeira ipê-champanhe sobreposto ao piso de pedra São Tomé entregue pela construtora: “É prático e de simples execução”, afirma o paisagista.

      A partir do “oK” dos moradores, a equipe começou a fazer o trabalho pelo nível inferior da área, subiu para o deque e assim encerrou no painel de 17 m² com nichos para vasos. esse painel substituiu o guarda-copo de ferro. a piscina também teve o revestimento trocado: ganhou pastilhas verde-jade, mesma cor dos vasos vietnamitas com cicas e clúsias. Nos dias de festa, a ambientação pode ser transformada coma troca dos vasos por arranjos ou velas.
      Evelyn Müller e Tatiana Villa
      O uso da madeira ipê-champanhe trouxe personalidade à área da piscina. Sobre o deque, vasos vietnamitas com cicas. Ao fundo, nos recuos do painel, estão as clúsias
      Dicas
      • Para proteger a madeira da ação do tempo, o stain é uma boa solução. Ele impregna profundamente no material, tornando-o hidrorrepelente.
      • Criar recuos no painel, como nichos, economiza espaço e favorece a circulação na área externa.

 Fonte: Casa e Jardim

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