ONG Pontes de Amor interage com a Vara da Infância e
Juventude, os Conselhos de Direito da Criança e do Adolescente, a Ordem dos
Advogados do Brasil e com instituições para promover e agilizar a adoção legal
em Uberlândia
Adotar não é apenas um ato de amor ou coragem. Adotar é
superar preconceitos, vencer barreiras e mudar mentalidades. Adotar é ter uma
nova percepção do mundo, nos deixando ser adotados por crianças e adolescentes
que precisam de um lar. A definição da palavra adoção, feita pela advogada
Marta Marília Tonin, reflete a filosofia da ONG mineira Pontes de Amor, criada
em 21 de junho deste ano para ajudar a realizar sonhos de homens e mulheres que
querem viver a paternidade e a maternidade. Estima-se que, no Brasil, mais de
278 mil casais em idade fértil tenham dificuldade para conceber um filho.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades científicas, entre 8%
e 15% dos casais têm algum problema de infertilidade.
Foi assim com o coordenador regional da FGR Uberlândia,
Rogério Moreira e sua esposa, Cristiane Rodrigues. Sem poder ter filhos e com o
sonho de constituir uma família, o casal adotou uma recém-nascida há pouco mais
de seis anos. Mais tarde, aumentaram a prole adotando um menino com 18 meses. O
mais difícil na adoção, segundo eles, foi a falta de orientação durante todo o
processo. “Passamos por momentos angustiantes na pré-adoção, adaptação e também
na pós-adoção. Não tivemos apoio psicológico e não sabíamos a quem recorrer”,
revelaram.
Por esse motivo, o casal aderiu ao projeto da ONG Pontes de
Amor, idealizada pela pastora Sara Vargas Rangel e Pereira e pelo advogado
Rodrigo Rangel e Pereira. O objetivo da ONG é atender uma demanda regional de
amparo a crianças e adolescentes órfãos e/ou abrigados e também para as
famílias adotantes, além de promover discussões sobre temas como a adoção
tardia, multirracial, de irmãos e de portadores de doenças físicas ou mentais.
Com o apoio de 30 voluntários, a ONG oferece suporte no pré, durante e pós-adoção,
faz o acompanhamento a mães que entregam seus filhos para adoção, promove redes
de relacionamentos e compartilha informações e experiências relativas ao
processo.
Segundo Sara e Rodrigo, a concepção do projeto começou há
oito anos, quando perceberam a importância de se ter apoio durante o processo
adotivo. “Temos quatro filhos, sendo três adotados. Optamos pela adoção tardia
(de crianças com mais de três anos), e em um dos casos enfrentamos um processo
jurídico extremamente longo. Foi assim que nos despertamos para a necessidade
de auxiliar todos que pretendem ter filhos adotivos”, relataram.
O Promotor de Justiça de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente da Comarca de Uberlândia, Epaminondas da Costa, afirma que 47
crianças e adolescentes estão na lista de adoção do município, 38 delas com
mais de seis anos de idade. As famílias interessadas somam mais de 100, mas,
segundo o promotor, a maioria opta por crianças com pouca idade, dificultando a
adoção. Além disso, muitos são grupos de irmãos e não podem ser separados. O
promotor também frisa que a família interessada em adotar uma criança “deve
exercer a paternidade e a maternidade com responsabilidade, porque filho não se
devolve nunca.”
Serviço
ONG Pontes do Amor
Rua dos Pereiras, n º 67, Bairro Aparecida,
Uberlândia (MG)
Funcionamento: das 8h às 17h30m
Reuniões: 1ª em 25/10 às 20h. Demais sempre às segundas e
quintas-feiras de cada semana.
Mais informações: (34) 3235-0218
pontesdeamor.blogspot.com.br
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