O forro inclinado é revestido por espelhos. O desnível cria diferentes áreas para a exposição de roupas e calçados
Cenário dramático para moda jovem
Desenvolvida por José Ricardo Basiches e Ronaldo Shinohara, a proposta de reformulação das lojas Triton tem o objetivo de dar identidade à já tradicional marca de moda jovem. A unidade da rua Oscar Freire, na capital paulista, é a quarta da rede a implantar o novo projeto, que combina materiais de elegante simplicidade e iluminação dramática para compor cenários que valorizam os produtos à venda.
A proposta de reformulação das lojas Triton estabelece uma referência contemporânea para a marca de moda jovem, presente no mercado desde 1975 e atualmente com 18 unidades espalhadas pelo país.
Quarta da rede a receber o novo projeto, a loja da rua Oscar Freire representou um desafio à parte devido às características do próprio imóvel: tratava-se de uma construção estreita, comprida e com pé-direito elevado, localizada em meio de quadra, já ocupada pela grife.
Como a intenção era aproveitar a estrutura existente, José Ricardo Basiches e Ronaldo Shinohara buscaram uma solução para adaptar o espaço e ao mesmo tempo criar um elemento de forte identidade.
O caminho escolhido foi o rebaixamento do forro usando planos inclinados revestidos por espelhos. Lúdico, esse conjunto brinca com as noções de perspectiva e profundidade e amplia visualmente a loja.
Para complementar esse trabalho e dar o impacto pretendido ao ambiente, o projeto luminotécnico previu spots com halógenas no forro e sanca com fluorescentes contornando o plano espelhado. A composição dá a ideia de um forro suspenso e resulta numa iluminação dramática.
Os demais acabamentos são pautados por uma simplicidade elegante, como o fulget preto nas paredes e o piso de madeira, a fim de definir um cenário neutro que valoriza os produtos expostos.
A loja ocupa terreno estreito e comprido em meio de quadra
Lateral reservada à exposição de roupas
Expositores de MDF laqueados na cor preta formam nichos com iluminação de led para dar destaque aos produtos
A loja não tem vitrine, se esse elemento for considerado a partir do tradicional conceito de caixa fechada à qual os clientes não têm acesso.
Em vez disso, há três grandes portas de vidro pivotantes, que podem ser total ou parcialmente abertas, e manequins espalhados pela área frontal, por onde os clientes podem circular livremente.
Os degraus que levam ao nível das mesas e araras também podem ser utilizados para a exposição de produtos.
Na área central foi posicionado um volume solto, revestido por laminado melamínico no padrão bronze. O extremo sob o ponto mais baixo do forro espelhado funciona como caixa e do outro lado estão os provadores.
Nas duas laterais, passarelas correm até o fundo da loja mantendo o mesmo nível da área de entrada. À direita, nichos iluminados por fitas de led respondem pela exposição de acessórios.
À esquerda, as caixas de MDF laqueadas de preto, desenhadas pelos arquitetos, também servem como expositores.
Nos fundos, a área de pé-direito mais elevado abriga um espaço descontraído, onde os clientes podem sentar para tomar um café.
A parede verde e a luz natural que incide pela abertura zenital, protegida por cobertura retrátil, determinam a ambientação leve e agradável, semelhante à de um jardim.
Texto de Nanci Corbioli
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 388 Junho de 2012
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 388 Junho de 2012
O volume do caixa é revestido por laminado melamínico na cor bronze
Parede viva e luz natural criam ambientação agradável para a área do café
Fonte: Arco Web
Nenhum comentário:
Postar um comentário