A abertura ao fim do corredor social da casa traz uma vista exclusiva do
jardim e do pândano, com seu tronco singular. Como se fosse um tapete, a forração de espadinha segue a largura do vão. Planta de fácil cultivo e multiplicação, ela tolera sol e meia-sombra. À dir, as inflorescências do agapanto, que apresenta flores azuladas ou brancas, na primavera e no verão. Tem florada mais intensa em locais de pleno sol e é ideal para formar canteiros, maciços e bordaduras. Aqui, acompanha toda a fachada lateral da construção (Foto: Pedro Abude)
A imponente
jabuticabeira de 60 anos é a
atração do pátio. O desenho geométrico dos
canteiros de agapanto e de íris se repete
no piso de placas de pedra portuguesa em
três cores, intercaladas por grama-esmeralda.
A cerca viva de murtas (à esq.) é mantida
podada como uma meia-parede. Fornece
privacidade à casa e prolonga o muro
(Foto: Pedro Abude)
atração do pátio. O desenho geométrico dos
canteiros de agapanto e de íris se repete
no piso de placas de pedra portuguesa em
três cores, intercaladas por grama-esmeralda.
A cerca viva de murtas (à esq.) é mantida
podada como uma meia-parede. Fornece
privacidade à casa e prolonga o muro
(Foto: Pedro Abude)
Em meio a 3 mil m² de terreno, um
pátio com 350 m² parece pequeno – cá entre nós, só parece! Com tanta metragem
livre disponível, a opção dos moradores desta casa, em Bragança Paulista,
interior de São Paulo, de concentrar o jardim em 1/8 de sua área, fez com que o
paisagistaAlex Hanazaki adotasse a teoria do menos é mais para a
escolha das plantas.
Embora tenha formado vários maciços
ao longo do pátio, eles são praticamente de agapanto e deíris –
prova de que o encanto da composição não está na diversidade de espécies, mas
sim no equilíbrio de formas, cores e volumes. O piso de pedra
portuguesa, paginado em placas, deu o norte para a formatação geométrica
dos maciços.
Mesmo com apenas dois anos de idade,
o jardim é maduro. Tem paredes vivas de murta, que substituem muros para não
enclausurar o verde, e árvores crescidas, entre elas uma jabuticabeirasexagenária
– o centro de atenção do pátio. Entre os desejos dos moradores, a manutenção
baixa encabeçava a lista de prioridades. É por isso que o jardim se resolve
apenas com regas frequentes, adubação e podas periódicas.
Além da jabuticabeira, as árvores existentes criam pontos focais nos
espaços que ocupam. É o caso do pândano de 3 m de altura, que pode ser
apreciado de dentro de casa, em um dos vãos de vidro que dão para o exterior,
ou dos elegantes exemplares de pau-formiga, espécie nativa, que atinge até 20 m
de altura, posicionados em frente ao pátio. Sem contar o pomar,
estrategicamente localizado na lateral da casa, onde ficam os quartos. “Mas o
coração do projeto é o pátio, a ligação do jardim com a casa, para onde eu
trouxe um estar, um lugar de contemplação, até com espelho-d’água”, diz Alex. E
tudo acontece em torno desta área pequena – comparada ao espaço existente –,
mas enorme, tamanha a sua interpretação.
O piso de madeira, intercalado por grama-preta, conduz à entrada
principal da
casa. Os maciços de agapanto correm pelos dois lados do caminho. Próximo
à casa, uma romãzeira fixa-se à esquerda, e clúsias e palmeira fênix à direita.
Os moradores desfrutam (Foto: Pedro Abude)
casa. Os maciços de agapanto correm pelos dois lados do caminho. Próximo
à casa, uma romãzeira fixa-se à esquerda, e clúsias e palmeira fênix à direita.
Os moradores desfrutam (Foto: Pedro Abude)
À esquerda,
insinua-se o jogo de murtas, com volumes e alturas diferentes. À direita, na
área ao redor do espelho- d’água, o jardim mantém sua simplicidade: poucas
espécies, em equilíbrio de formas e cores, garantem o impacto visual do
conjunto. De um lado, grama-esmeralda, do outro, canteiros forrados de agapanto
em início de floração. Logo atrás do muro de pedra moledo, exemplares de
pau-formiga dão altura, sem tirar a visão do horizonte (Foto: Pedro
Abude)
Fonte: Casa e Jardim
Nenhum comentário:
Postar um comentário