quarta-feira, 17 de julho de 2013

Você tem carisma? Veja algumas dicas para desenvolver

Autenticidade e equilíbrio são diferenciais importantes. Foto: Getty Images
Da popularidade em festas e entre amigos até a promoção no trabalho – o fator carisma está por trás de tudo. Quem garante são pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, que se encarregam de estudar “a qualidade mais buscada pelas empresas americanas em um CEO”.


Um conjunto de pesquisas levantadas pela consultoria de carreira “LearnVest” mostra que, por exemplo, o carisma é decisivo em momentos como contratação e aumento de salário. “Pesquisadores do MIT afirmam que podem projetar qual valor será oferecido a um candidato com base apenas em seu nível de carisma”, diz o artigo.

Mas afinal, quem já não nasce carismático pode desenvolver a qualidade? De acordo com o coach de carreira Achim Nowak, a questão passa longe do ter ou não ter. O truque é saber a acessar a energia pessoal que todo mundo carrega e convertê-la em carisma. Para entender melhor, vejas as três dicas abaixo.
  • 1
    É possível desenvolvê-lo
    Achim Nowak, também autor do livro “Contagioso: como se conectar e libertar o líder interior” (em livre tradução para o português; indisponível no Brasil) explica que o carisma costuma ser visto como um talento e que, sendo assim, quem o tem “é sortudo e abençoado”. A interpretação, no entanto, não deveria ser bem essa. “Carisma é uma energia primária, sexual, espiritual. Se você aceita essa definição, então todos a temos. Logo, a questão não é ter, mas sim saber acessar essa energia e trazer mais de si mesmo para se conectar aos outros”, explica Nowak.
  • 2
    Os 'sinais honestos' contam
    O termo curioso representa, na verdade, as pistas não-verbais que transmitimos na hora de afinar uma comunicação. Aí entram gestos e postura, por exemplo. Para provar que atitude é mesmo um componente decisivo do carisma, o pesquisador do MIT Alex Pentland, ouvido no livro “Contagioso”, explica que somos mesmo capazes de contagiar os outros com felicidade, agilidade e otimismo.

    Em um dado experimento da teoria, os professores do MIT monitoraram cinco executivos durante um coquetel. Dias depois, eles foram capazes de prever qual dos cinco teria seu projeto escolhido em uma seleção independente. Isso sem sequer assistirem a apresentação de cada. Tudo, segundo eles, diz respeito às conexões que somos capazes de fazer em cada relação. E isso não é técnico, é social.
  • 3
    Sai na frente quem se posiciona
    Já que poder contagiar os outros com atitudes não é só possível, como também óbvio, os pesquisadores ouvidos no livro sugerem mostrar mais de si e sair do senso comum como forma de se engajar com os outros. Por exemplo: se alguém disser que nasceu em São Paulo, você não precisa dizer de cara que acabou de voltar de lá, a menos que seja mesmo relevante. Em vez disso, assentir com a cabeça, sorrir e mostrar interesse podem ser ações mais valiosas do que qualquer outra coisa.

    “Em vez de conversar sobre o tempo, vá mais fundo. Quando revelamos algo pessoal, damos permissão para que o outro faça o mesmo. Não acredito em compartilhar tudo, masquanto mais nos tornamos vulneráveis, mais as pessoas se conectam a nós, porque somos reais”, explica o autor Achim Nowak.

    Já deu para perceber que agir como dono da verdade e ser 100% seguro também não são indicativos de carisma. E mostrar mais de si mesmo não quer dizer sair contando por aí todas as vitórias e derrotas. O segredo da dose certa cai de novo sobre um componente já conhecido: o equilíbrio. “No fim das contas, o carisma vem da autenticidade e nós fazemos um desserviço quando mostramos apenas um lado de nós mesmos”, conclui o autor.

Fonte: GNT

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