segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Com folhas minúsculas ou grandes e flores delicadas, as espécies aquáticas embelezam bacias, lagos e espelhos d’água


Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Pintura na água

A micropaisagem à altura das telas do pintor Claude Monet não deixa dúvidas das intenções do paisagista Leo Laniado para o espelho d’água de 11,25x 4,30 m neste jardim em cotia, São Paulo. “A ideia era quebrar a monotonia da água com os elementos naturais que refletem nela. escolhemos os resedás para refletirem como uma pintura”, diz o paisagista.

As árvores foram contidas por blocos de alvenaria forrados de grama-amendoim. Além dessa vegetação, a paisagista Marlene Laniado criou uma ambientação com plantas aquáticas. São elas: aguapé, alface-d'água, sombrinha-chinesa, ninfeia-azul e pontedéria. O espelhod’água está próximo à piscina para aumentar a sensação de frescor, que fica completa como painel de pedra moledo e a chapa de aço corten, por onde desliza suavemente a água em circulação.
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
O visual de lago foi inten­cional: os resedás parecem emergir da água, mas estão plantados diretamente na terra, contida pela caixa de alvenaria. A ilusão é causada pela forração de grama­-amendoim. O espelho d'água tem seixos como forração de oxigenar a água.
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Plantada em vaso, a sombrinha-chinesa atinge até 1,10 m de altura. Na superfície da água, alguns exemplares de alface-d'água. À esq., as folhas da ninfeia-azul somem durante o inverno, mas reaparecem na primavera. Suas flores azuis surgem no mesmo período e permanecem até o verão
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
No jardim com viburno, murta, íris, fícus e até uma pitangueira, as caixas baixas de aço, da Firgal, chamam a atenção entre os pedriscos. A solução é perfeita para espaços pequenos, como varandas

Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Por ser minúscula, a salvínia é considerada um “feto flutuante”. Serve para áreas de sol e sombra

Caixas verdejantes
A entrada de 12 m² da casa da paisagista Claudia Diamant, no Jardim paulistano, em São Paulo, reserva uma surpresa a quem passa por lá. Em vez de trabalhar apenas com os vasos de fícuse as plantas periféricas viburno, murtaeíris, Claudia e sua sócia, Marina Domingues, usaram caixas baixas de aço para as minúsculas salvínias. 
A plantinha que se reproduz com rapidez, preencheu as duas caixas de 2 e 2,50 m de comprimento, que apenas foram encaixadas entre os pedriscos.embora possa ser usada em áreas com sol ou sombra, sob a última condição, a espécie fica mais rala.
No jardim com viburno, murta, íris, fícus e até uma pitangueira, as caixas baixas de aço, da Firgal, chamam a atenção entre os pedriscos. A solução é perfeita para espaços pequenos, como varandas

 
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Os aguapés enchem a primeira bacia (à frente). Na segunda, a mistura de espécies aquáticas inclui as alfaces- -d’água, as ninfeias e o lótus
Flores de baciada

As bacias de cerâmica ganharam lugar cativo neste jardim, no bairro da saúde, em São Paulo, desde que a paisagista Ana Claudia e Costta Pinto montou esta versão florida – e aquática – para a moradora.

Espécies flutuantes, como agua­pés, alfaces-d’água, ninféias e um lótus em vaso, enchem os dois tachos e permanecem floridas entre a primavera e o verão. Como as plantas aquáticas se reproduzem com rapidez, a retirada de alguns exemplares é sempre válida para não tumultuar as bacias 
 
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Rosada ou branca, a flor grande e perfumada do lótus surge principalmente no verão. Seu fruto perfurado com sementes com estiveis é muito usado em arranjos florais
 
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Curiosidade: as flores da ninfeia-vermelha são brancas quando se abrem, mas depois tornam-se rosadas
 
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
O aguapé tem raízes que são usadas pelos peixes para o depósito de ovos
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Fibra de coco e réguas de pínus tratado na parede, bambu na pérgola e pedras moledo dentro d'água. Os elementos naturais circundam o espelho e dão leveza à área avistada da sala de jantar. As cavalinhas fazem o papel de guarda-corpo

Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Os vasos de cimento funcionam como bicas d’água. Conforme
transbordam, criam uma cascata natural que respinga nos minipapiros


Plantas como proteção
Com 6 m de comprimento, o espelhod’água visto da sala de jantar nesta casa em Campinas, São Paulo, ganhou um cuidado a mais, previsto pelo paisagista Alexandre Furcolin e a coordenadora de projetos Marina Gwyther. As cavalinhas, acomodadas dentro d’água, vazam pelo deque de pínus tratado e servem de proteção para indicar a presença do espelho d’água, com profundidade que varia de 5 0a 70cm.
A mudança de altura serve para dispor melhor os três vasos de cimento com minipapiros.eles pontuam o painel vertical de fibra de coco com réguas de pínus, que abrigavas os cerâmicos com orquídeas. Uma estrutura de alumínio sustenta a pérgola de bambu, com aberturas. A luz que vaza pela pérgola incide nos exemplares de ninfeia-azul. Além deles, as pedras moledo forram o espelho e embelezam ainda mais a água


Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
As espécies aquáticas estão em vasos a apenas 40 cm de profundidade da
superfície da água. Ao fundo, abica, da Paglioto, faz a circulação da água.
Na extremidade oposta, pinguins da coleção particular de Elkis



Desgaste natural
A vista para o espelho d’água faz toda a diferença no escritório do paisagista Gilberto Elkis, na vila madalena, em São Paulo.incrustado em um local com pouca incidência de sol, o espelho de tijolos de demolição foi naturalmente tomado por musgos. Uma bica mantém a água em circulação frequentemente
O espelho com 4,20 m de extensão ganhou exemplares de lótus e pontedéria, que se revezam na função de colorir a água com suas flores rosa e lilás. Para esconder o muro, Gilberto investiu em um painel vertical, forrado de samambaias, minicos­telas-de-adão, filodendros, bromélias, entre outras plantas de sombra


Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
As espécies aquáticas estão em vasos a apenas 40 cm de profundidade da superfície da água. Ao fundo, abica, da Paglioto, faz a circulação da água. Na extremidade oposta, pinguins da coleção particular de Elkis
Texto Thaís Lauton Fotos Evelyn Müller
Arroxeadas e em forma de espinga, as flores da pontedéia são formadas entre a primavera e o verão. É adequada para maciços e bordaduras à beira de lagos


Fonte: Casa e Jardim

Nenhum comentário:

Postar um comentário