Imagine a seguinte situação: em uma festa, alguém interessante aproxima o rosto do seu para iniciar uma conversa mais íntima. Mas aí você lembra que acabou de se empanturrar com salgadinhos temperados e, portanto, o seu hálito não deve estar lá essas coisas... Pois é, a halitose está sempre atrasando a vida das pessoas.
O aroma ruim que fica na boca com a ingestão de determinados alimentos ou após acordar é o resultado de processos fisiológicos que acontecem com todos: ricos, pobres, bonitos e feios. Entretanto, pesquisas indicam que 40% dos brasileiros têm uma halitose bem mais profunda e permanente. E o pior: a maioria nem desconfia disso – de tanto conviver com o mau cheiro, o olfato acaba se acostumando.
Segundo avaliação da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO), 76% dos portadores do popular “bafo” só detectaram o inconveniente depois de serem alertados por alguém. Aí, até começarem a obter resultados do tratamento, esses indivíduos sofrem bastante, pois é comprovado que o mau hálito traz inúmeros prejuízos à vida social e à autoestima.
Quais são as causas?
Ao contrário do que se acredita, o mau hálito não é uma doença, e sim um sintoma. "É o resultado de uma desordem do organismo, sinalizando que há algo errado e que precisa ser tratado", explica a periodontista Rosileine Uliana.
As causas são muitas, e 90% delas estão ligadas a questões bucais, que vão de inflamações na gengiva à falta de higiene. Por isso, vale repetir: além da escovação, que é essencial, passar o fio dental ao final do processo é obrigatório.
A dentista Rosileine acrescenta que os limpadores de língua não são meros detalhes, pois eles ajudam a prevenir a formação da saburra lingual. "É uma massa branca amarelada composta de bactérias, restos alimentares e resíduos. Se deixar, isso se decompõe, resultando em enxofre, cujo cheiro característico lembra o de ovo podre", alerta.
Mas os cuidados não acabam por aqui. Como a saliva é um agente bactericida, qualquer elemento que baixe o nível de produção dessa substância é inimigo do bom hálito! Por isso, evite jejuns prolongados, desidratação, exposição ao ar condicionado, stress e até tagarelar muito.
Doenças em outras áreas do corpo também se refletem na boca. A halitose, por exemplo, pode ser sinal de sinusite, amidalite e problemas no estômago, nos rins e intestinos. Dessa maneira, é sempre bom investigar.
Escapando do desconforto
Para tratar o mau hálito, é preciso procurar um dentista para que ele identifique o fator que está desencadeando o aborrecimento. "Para cada causa há um tratamento específico", diz Rosileine.
No álbum a seguir, confira algumas dicas para a prevenção. Depois, responda ao teste e descubra se você se encaixa em alguns requisitos para o aparecimento da halitose. Mas a dentista Rosileine ressalta: "A confirmação será dada por um confidente, pois o nariz (de outra pessoa) é o melhor aparelho detector!".
Fonte: Vital
Nenhum comentário:
Postar um comentário