Marcela Bourroul
Pão, leite, frutas, iogurte. Tomar café da manhã regularmente faz muita diferença na vida das crianças. Um dos principais benefícios é o desenvolvimento da inteligência. Já falamos sobre esse assunto na Crescer, mas um novo estudo reforça a importância dessa refeição. Pesquisadores da Escola de Enfermagem da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, analisaram dados de 1.269 crianças chinesas de 6 anos.
Eles atestaram que aquelas que tomavam café da manhã todos os dias tiveram melhores resultados em testes de Q.I. (4,6 pontos a mais em relação às que só comiam às vezes), independentemente de sexo, local de moradia e nível de escolaridade dos pais. Para descobrir quais crianças faziam essa refeição regularmente, os especialistas enviaram um questionário às famílias. “A infância é um período crítico durante o qual hábitos de dieta e qualidade de vida são ensinados às crianças, e esses hábitos podem ter implicações relevantes de imediato e a longo prazo”, afirmou em nota a coordenadora do estudo, Jianghong Liu.
LEIA MAIS: Pular o café da manhã pode atrapalhar rendimento escolar
Outras pesquisas já haviam mostrado que não fazer essa refeição todos os dias aumenta o risco de a criança ter sobrepeso, uma vez que, ao pular o café, ela exagera na seguinte, consumindo também mais calorias e gorduras.
Mas, afinal, o que justifica que o café da manhã tenha tanta importância? Segundo a nutricionista Mirella Neves, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), um dos motivos é que os alimentos dessa refeição são os primeiros combustíveis do dia. Depois de várias horas em jejum, o corpo – especialmente o cérebro, caso seu filho estude de manhã – precisa de alimentos. Outra boa razão: se a criança não se alimenta corretamente no início do dia, pode apresentar hipoglicemia devido à baixa presença de glicose no sangue e ficar mais mole e cansada que o normal. Tontura, náusea e até desmaios podem aparecer. Além disso, ela pode ter alteração no humor e dificuldade para se concentrar.
Meu filho não quer comer. E agora?
As crianças podem até dizer que não estão com vontade de comer pela manhã, mas dificilmente estão sem fome. Para acabar com esse drama, você precisa rever a rotina da família. Segundo o nutrólogo Artur Delgado, do Hospital Albert Einstein (SP), é necessário criar esse hábito – e dar o exemplo – para que seu filho aceite essa refeição como parte do dia.
Uma dica prática é acordar seu filho dez minutos mais cedo. Quando estamos muito sonolentos, não percebemos a fome. Esse tempo extra colabora para abrir o apetite da criança. Outra recomendação é deixar a refeição mais interessante. Não ofereça sempre os mesmos alimentos e tente apresentá-los de forma divertida.
Também ajuda muito transformar o café da manhã em um momento família. Se pai, mãe e filhos conseguirem conciliar o horário para sentarem juntos, as crianças vão valorizar mais essa refeição. “O hábito de comer pela manhã se cria sentando à mesa. Sentar com os pais por alguns minutos também significa troca de experiências e convivência”, afirma Mirella.
O que oferecer?
Um bom café da manhã precisa ter alimentos ricos em proteínas, carboidratos e fibras. Delgado sugere alguns itens que não devem faltar na sua mesa:
- Leite (contém proteína de alto valor biológico e muito cálcio)
- Pães integrais (eles contêm fibras e são mais saudáveis que bisnaguinha ou pão francês)
- Derivados de leite, como iogurte e queijos (no caso do queijo, prefira o fresco, ricota ou cottage. São mais saudáveis que os queijos amarelos e requeijão)
- Frutas (fontes de vitamina e sais minerais)
- Geleias (de preferência sem adição de açúcar)
Sobre o achocolatado, o médico afirma que não é um alimento saudável, mas se a criança só aceitar o leite dessa forma, tudo bem colocar uma colher. Se o seu filho está acostumado com mais do que essa quantidade, tente ir diminuindo um pouco a cada dia. Outra dica é usar margarina vegetal com baixo teor de gordura em vez de manteiga.
Outras pesquisas já haviam mostrado que não fazer essa refeição todos os dias aumenta o risco de a criança ter sobrepeso, uma vez que, ao pular o café, ela exagera na seguinte, consumindo também mais calorias e gorduras.
Mas, afinal, o que justifica que o café da manhã tenha tanta importância? Segundo a nutricionista Mirella Neves, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), um dos motivos é que os alimentos dessa refeição são os primeiros combustíveis do dia. Depois de várias horas em jejum, o corpo – especialmente o cérebro, caso seu filho estude de manhã – precisa de alimentos. Outra boa razão: se a criança não se alimenta corretamente no início do dia, pode apresentar hipoglicemia devido à baixa presença de glicose no sangue e ficar mais mole e cansada que o normal. Tontura, náusea e até desmaios podem aparecer. Além disso, ela pode ter alteração no humor e dificuldade para se concentrar.
Meu filho não quer comer. E agora?
As crianças podem até dizer que não estão com vontade de comer pela manhã, mas dificilmente estão sem fome. Para acabar com esse drama, você precisa rever a rotina da família. Segundo o nutrólogo Artur Delgado, do Hospital Albert Einstein (SP), é necessário criar esse hábito – e dar o exemplo – para que seu filho aceite essa refeição como parte do dia.
Uma dica prática é acordar seu filho dez minutos mais cedo. Quando estamos muito sonolentos, não percebemos a fome. Esse tempo extra colabora para abrir o apetite da criança. Outra recomendação é deixar a refeição mais interessante. Não ofereça sempre os mesmos alimentos e tente apresentá-los de forma divertida.
Também ajuda muito transformar o café da manhã em um momento família. Se pai, mãe e filhos conseguirem conciliar o horário para sentarem juntos, as crianças vão valorizar mais essa refeição. “O hábito de comer pela manhã se cria sentando à mesa. Sentar com os pais por alguns minutos também significa troca de experiências e convivência”, afirma Mirella.
O que oferecer?
Um bom café da manhã precisa ter alimentos ricos em proteínas, carboidratos e fibras. Delgado sugere alguns itens que não devem faltar na sua mesa:
- Leite (contém proteína de alto valor biológico e muito cálcio)
- Pães integrais (eles contêm fibras e são mais saudáveis que bisnaguinha ou pão francês)
- Derivados de leite, como iogurte e queijos (no caso do queijo, prefira o fresco, ricota ou cottage. São mais saudáveis que os queijos amarelos e requeijão)
- Frutas (fontes de vitamina e sais minerais)
- Geleias (de preferência sem adição de açúcar)
Sobre o achocolatado, o médico afirma que não é um alimento saudável, mas se a criança só aceitar o leite dessa forma, tudo bem colocar uma colher. Se o seu filho está acostumado com mais do que essa quantidade, tente ir diminuindo um pouco a cada dia. Outra dica é usar margarina vegetal com baixo teor de gordura em vez de manteiga.
Um último lembrete para os pais que acham que as crianças ‘não gostam de nada’: “Para uma criança se adaptar a algum tipo de alimento, ela precisa ter contato com ele entre oito e doze vezes. Só depois disso é que se pode definir seu gosto. E ela só pode provar coisas diferentes se os pais oferecerem”, diz Delgado.
Fonte: Crescer
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