Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, em Piracicaba (SP), desenvolveram um iogurte enriquecido com fibras incorporadas pela adição de farinha de maracujá.
O iogurte com farinha de maracujá apresentou características nutricionais superiores às do iogurte comercial, destacando-se um elevado teor de fibras alimentares.
"As fibras presentes nos subprodutos do maracujá possuem muitos benefícios à saúde e devem ser consumidas diariamente", disse Nataly Maria Viva de Toledo, que desenvolveu o novo produto.
A literatura científica inclui entre os benefícios das fibras alimentares a redução do colesterol no sangue, o controle de glicemia e do peso corporal, e a prevenção de problemas gastrointestinais.
Outro benefício da pesquisa consiste no aproveitamento dos resíduos do maracujá, que hoje são descartados.
Iogurte com maracujá
A farinha de maracujá é feita a partir das cascas e sementes da fruta, gerando uma alternativa para agregar valor aos subprodutos resultantes do processamento industrial da fruta.
A casca do maracujá é rica em fibras, vitaminas e minerais. Já as sementes apresentam grande quantidade de óleo com alto teor de ácidos graxos insaturados.
"A casca do maracujá corresponde a mais da metade da composição mássica da fruta e não pode mais ser considerada como resíduo industrial uma vez que estudos relatam características funcionais e tecnológicas interessantes para o desenvolvimento de novos produtos", afirma Nataly.
Os testes indicaram que o melhor sabor do iogurte é obtido com o acréscimo de 2% da farinha de maracujá.
A pesquisa também destaca que o iogurte é um produto amplamente recomendado devido suas características sensoriais, probióticas e nutricionais uma vez que além de ser elaborado com leite contendo alto teor de sólidos, cultura lática e açúcar, pode ainda ser enriquecido com leite em pó, proteínas, vitaminas e minerais.
"Os produtos lácteos são importantes fontes de cálcio, proteínas e outros nutrientes em uma dieta balanceada. Atualmente, as indústrias e pesquisadores têm apresentado crescente interesse no desenvolvimento de produtos lácteos com teores reduzidos de gordura, com pouco ou sem açúcar, ou enriquecidos com fibras", afirma Nataly.
Fonte: Diário da Saúde
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