sexta-feira, 1 de junho de 2012

Complexo do sistema Fecomércio do Rio Grande do Sul contra com três núcleos integrados por platôs artificiais a oito metros do solo


Platôs artificiais servirão de barreira contra alagamento
Está prevista para 2013 a construção de parte do grandioso complexo do sistema Fecomércio do Rio Grande do Sul, em zona de expansão urbana da capital gaúcha, próximo do futuro novo estádio do Grêmio e do aeroporto.
Composto por três núcleos de execução sequencial - administrativo, educacional (Senac) e de eventos (Sesc) -, seu partido arquitetônico é o de platôs artificiais que elevam o térreo do empreendimento a oito metros do solo.
Como o lote pertence à área alagável do rio Gravataí, os arquitetos do Estúdio 41, de Curitiba, utilizaram o embasamento do conjunto para a implantação das zonas de baixa permanência, as garagens e os serviços.
Esse foi um dos motivos da vitória do projeto concebido por Dario Corrêa Durce, Emerson Vidigal, Eron Costin, Fábio Henrique Faria e João Gabriel Cordeiro no concurso público nacional de ideias organizado pelo IAB/RS em 2011.
Mas o diferencial em relação a outros premiados é a constituição bem marcada dos platôs que deverão formar cada núcleo do programa.
Neste primeiro semestre de 2012, os arquitetos estão desenvolvendo o anteprojeto e o projeto executivo do plano diretor e da primeira etapa de construção do complexo, que engloba o conjunto formado pelas áreas administrativas e parte do setor de convivência.
“É uma oportunidade rara”, destaca Vidigal, referindo-se não apenas à escala do empreendimento, como ao fato de terem vencido um concurso cuja edificação será de fato construída.
Localizada na borda sul do lote, oposta à via de alto tráfego (a Freeway) que liga Porto Alegre ao litoral norte, a ala inaugural da Fecomércio gaúcha desenhará a implantação em torno de praça aberta central, ladeada em parte por edifícios mimetizados à paisagem do entorno em função de suas lajes verdes de cobertura e, em parte, pelos volumes laminares do edifício de oito pavimentos que abrigará as lajes de escritório e do bloco linear que servirá às áreas culturais e de convivência.
Vidigal considera o volume laminar da convivência um dos elementos de destaque do projeto, não só porque tangenciará os três núcleos edificados, indicando cada nova fase de expansão, como também por seu caráter icônico. “É uma barra que deverá abrigar os espaços de uso público do complexo”, ele define.
Estuda-se o sistema misto de construção, com elementos pré-moldados de concreto até a cota +8 e estrutura metálica no corpo dos edifícios.
Também os fechamentos terão solução padronizada, com fachadas de vidro recobertas por brises metálicos nas faces norte e sul.
Este é o primeiro grande projeto dessa equipe de jovens arquitetos curitibanos, que constituiu o coletivo Estúdio 41 para desenvolver a proposta para a Fecomércio.
Durce (2006), Vidigal (2006), Costin (2005), Faria (2011) e Cordeiro (2011) são formados pela Universidade Federal do Paraná.

Texto de Evelise Grunow
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 384 Fevereiro de 2012
Fonte: Arco Web

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