terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Conheça a história do pastel e aprenda receitas

Quem nunca teve vontade de provar um delicioso pastel, muitas vezes deixando o regime de lado e caindo em tentação? Na feira, em um bar ou até mesmo em um restaurante de primeira, a massa recheada com ingredientes diversos está lá, servindo de acompanhamento ou como uma prática opção de prato principal.

Salgado ou doce, assado ou frito e com sabores variados, o pastel se tornou um legítimo exemplo da criatividade brasileira. A origem da receita, no entanto, não é das mais claras.

Segundo o professor Ricardo Maranhão, da Universidade Anhembi Morumbi, coordenador do Centro de Pesquisas em Gastronomia Brasileira, o pastel tipicamente brasileiro, frito, é originário da Europa. “Na Idade Média, havia várias receitas de massas recheadas que eram levadas ao forno. A ideia de fritar o pastel surgiu na Península Ibérica, no fim desse período”, afirma.

No entanto, de acordo com Marcelo Angele, professor de gastronomia do Senac, o pastel é derivado do tradicional Rolinho Primavera da culinária chinesa e do gyosa japonês. “A introdução do pastel no Brasil se deu por meio de imigrantes chineses, que tiveram de se adaptar aos ingredientes disponíveis por aqui”, conta.

Se foram os chineses os “criadores” da receita, então por que vemos tantos japoneses fritando pastéis em feiras e pastelarias em todo o país? O professor Angele explica: “Por conta da Segunda Guerra Mundial, os japoneses abriram pastelarias no intuito de se passarem por chineses, livrando-se, dessa forma, da discriminação que havia na época em razão da aliança entre alemães, italianos e japoneses, inimigos do Brasil no conflito”.

Independentemente da origem, o pastel caiu no gosto do brasileiro. “O preço e a combinação de recheios agradam a todas as classes sociais. Nas feiras, a criatividade entrou em cena e hoje temos vários tipos, salgados ou doces. As inovações são muitas, passando por diversas formas, tamanhos e sabores”, conta o chef e consultor gastronômico do Bar BrahmaMoacyr Rodrigues. Alguns exemplos são o Pastel de Pulpo (com recheio de polvo e cream cheese), especialidade da Suri Cevicheria, o pastel de queijo brie, geleia de amora e pimenta do restaurante Tantra e os Irish Pastries (pastéis assados com recheio de carne e legumes), do All Black Irish Pub, ideal para quem prefere ficar longe das frituras.

Segundo Moacyr, o segredo de um bom pastel é ter uma ótima massa, além de recheios e ingredientes de qualidade. Sendo assim, que tal dar uma olhada nas receitas abaixo e se deliciar com essa iguaria tipicamente brasileira no conforto de sua casa?
Pastel de Polvo
Pastel de Polvo 

Receita da Suri Cevicheria
Rendimento: 4 unidades
Tempo de preparo: 30 minutos

Ingredientes 
300 g de massa de pastel
150 g de purê de batatas (apenas batatas cozidas com sal)
1 colher (sopa) de manteiga
150 g de polvo pré-cozido
3 colheres (sopa) de cream cheese
2 colheres (sopa) de tomate picado
1 colher (sopa) de cebolinha picada
1 dente de alho picado
sal e pimenta-do-reino à gosto

Modo de preparo 
Em uma frigideira, colocar a manteiga e refogar a cebolinha, alho e tomate. Depois acrescentar o purê e o cream cheese. Misturar e finalmente adicionar o polvo. Cozinhar por mais 5 minutos em fogo baixo, tirar do fogo e deixar esfriar. Corte lâminas de massa quadradas e umedeça as bordas com água. Coloque uma colher do recheio, fechar o pastel e prender as bordas com a ajuda de um garfo. Fritar em óleo bem quente.
Irish Pastries
Irish Pastries 

Receita do All Black
Rendimento: 35 unidades
Tempo de preparo: 1h05min

Ingredientes


Massa
1 kg de farinha de trigo
3 ovos
200 g de manteiga sem sal
20 g de sal
500 ml de água
50 g de fermento biológico

Recheio
1 kg de coxão mole
3 cenouras grandes
4 batatas grandes
1 cebola pequena
5 g de sal
50 ml de óleo
10g pimenta-do-reino

Modo de preparo

Massa
Misturar todos os ingredientes e deixar descansar por meia hora, para que a massa cresça.

Recheio
Cortar o coxão mole, a cenoura e a batata em cubos pequenos. Picar a cebola em cubos pequenos e refogar em óleo e sal. Depois misturar o coxão mole com a cebola e deixar cozinhar durante 15 minutos. Em seguida, adicionar a cenoura e cozinhar por 15 minutos. Por fim, deixar a batata cozinhar até o ponto certo.
Pastel de Brie com Geleia de Amora e Pimenta Dedo-de-moça
Pastel de Brie com Geleia de Amora e Pimenta Dedo-de-moça

Receita do Tantra
Rendimento: 1 unidade
Tempo de preparo: 20 minutos

Ingredientes 

Massa para pastel
2 colheres de geleia de amora
1 pimenta dedo-de-moça picada e sem sementes
1 fatia de queijo brie de mais ou menos 2 cm

Modo de preparo 

Coloque a fatia do queijo brie no meio da massa de pastel. Em cima dela, acrescente a geleia de amora e a pimenta dedo-de-moça picadinha. Feche a massa e frite em óleo quente.

fonte: casa e jardim

Habitado pela arquiteta carioca Alexandra Albuquerque, este quarto-sala no centro de São Paulo tem espaço para tudo

Quando decidiu se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo, a arquiteta Alexandra Albuquerque tinha poucas definições sobre o futuro. Uma delas, porém, era certa: morar no copan. Assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o famoso prédio de curvas sinuosas, localizado no centro da cidade, é um dos mais emblemáticos símbolos paulistanos. Pelos 35 andares do condomínio, há mais de mil apartamentos, de diversos tamanhos e plantas, divididos em seis blocos. Pois foi no vigésimo sexto andar que Alexandra, carioca de pais nordestinos, decidiu montar sua casinha. Casinha mesmo: são apenas 28 m², com quarto que também é sala, cozinha e banheiro.

Com a ajuda do amigo e designer de interiores Gabriel Valdivieso, Alexandra criou um espaço que tem muito a dizer. o papel de parede floral, por exemplo, sinaliza ser este um lar de menina. Garimpados em antiquários, os móveis prestam homenagens ao passado. Rendas, fuxicos e a rede de algodão, presa perto da janela, têm sotaque nordestino – os pais da arquiteta, João e Sonia, vieram do interior de Pernambuco. Desafiado a palpitar na decoração deste espaço tão pequeno, Gabriel adotou como ponto de partida o formato retangular do imóvel.“Para darmos unidade visual, a pintura da parede e a cortina foram feitas idênticas: metade amarela, metade branca.” Para Alexandra, tão bom quanto morar no copan é achar espaço, em 28 m², para seus badulaques de a a Z. “Sou muito cacarequenta”, conta, assumidamente, a moça.

Fotos Edu Castello
Na quitinete de Alexandra, não há sofá. Amigos,
quando a visitam, sentam-se na rede, na cama ou na
poltrona de vime. Feitas pela mãe da moradora, as
almofadas de crochê combinam-se com a colcha de renda,
trazida do nordeste. Sobre o papel de parede daTok & Stok,
quadro de Isabelle Tuchband
Fotos Edu Castello
Na falta do criado-mudo tradicional, Alexandra comprou uma
cadeira antiga de madeira e pintou-a com tinta esmalte.
Preso na cabeceira, balangandã de metal. Na parede,
desenho do Pão de açúcar feito pela moradora

Fotos Edu Castello
Cômoda de caviúna comprada em antiquário. Pratos de
porcelana trazidos de viagens enfeitam a parede
Fotos Edu Castello
O carrinho de chá funciona como móvel para a TV e bar.
Repare na cortina e na meia parede: por serem da
mesma cor, o resultado é a unidade visual

fonte: casa e jardim

Coração de seda pode ser saída contra infartos

Seda para o coração
As células do coração humano não se regeneram quando sofrem um dano - em virtude de um infarto, por exemplo.
Mas agora cientistas alemães e indianos estão tentando usar um tecido cardíaco artificial para evitar as cicatrizes e restaurar integralmente a função cardíaca.
Para isso eles estão usando a seda produzida por uma espécie de bicho-da-seda.
Suporte celular
Felix Engel e seus colegas do Instituto Max Planck (Alemanha) construíram um suporte tridimensional de seda, e usaram-no como suporte para o crescimento de células cardíacas humanas, que foram cultivadas com sucesso em laboratório.
Há muito tempo os cientistas tentam criar esses chamados "andaimes", estruturas capazes de criar um ambiente onde as células possam se desenvolver - ao contrário dos discos de Petri, os "pratinhos" de laboratório, onde as células crescem sempre em 2D, na forma de uma camada fina.
"Seja de origem natural ou artificial, todas as fibras testadas até agora têm desvantagens sérias," diz o Dr. Felix. "Ou elas são muito quebradiças, ou são atacadas pelo sistema imunológico ou não permitem a adesão das células cardíacas."
"Coração" artificial
A solução parece ter sido encontrada por Chinmoy Patra, um cientista da Universidade de Kharagpur (Índia).
Segundo Patra, a seda do bicho-da-seda Antheraea mylitta tem várias vantagens em relação aos materiais testados até agora.
"A superfície [das fibras] tem estruturas de proteína que facilitam a adesão das células cardíacas. Ela é também mais áspera que qualquer outra seda conhecida," diz o cientista.
Essa aspereza também ajuda na fixação das células cardíacas, que podem então se desenvolver como se estivessem no coração, formando estruturas 3D, e não estruturas planas.
"A comunicação entre as células foi mantida e elas bateram sincronizadamente por até 20 dias, exatamente como o músculo cardíaco real," conta Engel.
Falta de células
Agora, para prosseguir suas pesquisas, os cientistas estão com uma dificuldade prosaica: a falta de células cardíacas para usar nos experimentos.
"Ao contrário do nosso estudo, onde usamos células de rato, o problema da obtenção de células cardíacas humanas em quantidade suficiente ainda não foi resolvido," conta Engel.
Por isso o grupo está pensando em usar as células-tronco, embora isso exija um outro nível de pesquisas, uma vez que ainda não se sabe exatamente como as células-tronco são convertidas em células cardíacas.
Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Centro Cultural Niemeyer na Espanha pode ficar fechado por vários meses

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Fachada do prédio, desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer
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A população da cidade deAvilés, na Espanha, e a arquitetura internacional saem perdendo na briga que se instalou entre a administração do Centro Cultural Niemeyer e o governo local. Além de ter um desenho monumental, o prédio, presente do arquiteto brasileiro à Fundação Príncipe de Astúrias, abriga exposições, cinemas e teatros. Inaugurado em março de 2011, o espaço pode ter suas portas fechadas por tempo indeterminado. A crise foi gerada por supostas irregularidades financeiras.

Desde a última semana, o centro teve a programação reduzida e passou a funcionar apenas de quinta a domingo. A iluminação externa, que ressalta o desenho do prédio durante a noite, também passa a ficar desligada. De acordo com o jornal espanhol El PaísJosé Luis Rebollo, secretário-geral do conselho da fundação, pediu apoio à população, que já realizou diversos protestos. No próximo dia 15 de dezembro, expira o acordo firmado entre o Principado de Astúrias e a fundação. Até lá, o futuro do Centro Niemeyer continua incerto. Vale lembrar que tudo isso acontece no auge da crise política espanhola. No último domingo, o país elegeu Mariano Rajoy, do conservador Partido Popular, como primeiro-ministro.

Veja mais fotos da construção escultural:
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O projeto de iluminação, que permanecerá desligado á noite, devido à crise
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Vista aérea da construção
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O projeto tem as características modernistas, típicas das obras de Niemeyer
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A escada em espiral é detalhe que chama atenção no projeto

fonte: casa e jardim

Patê de ricota com iogurte e frango

Rende até três porções a receita do patê de ricota com iogurte e frango para preparar um delicioso sanduíche ou servir como petisco de festa acompanhado de torradinhas ou grissinis. Se você não gosta de óleo de gergelim substitua por azeite de oliva. Tome nota:

Receita de patê de ricota com iogurte e frango
Foto: Divulgação
Ingredientes:
100g de ricota fresca
1 pote de iogurte natural
150g de peito de frango cozido e desfiado
1 colher (sopa) de gergelim preto 
¼ de maço de cebolinha picada (20g)
1 colher (chá) de molho de soja (shoyo) (5ml)
5 gotas de óleo de gergelim
Noz-moscada recém moída
Sal e pimenta-do-reino recém moída
6 fatias de pão preto torradas
12 folhas de rúcula 

Modo de preparo:
Passe a ricota pela peneira e misture o iogurte, o frango, o gergelim, a cebolinha, o shoyo e o óleo de gergelim. Tempere com noz-moscada, sal e pimenta-do-reino. Distribua o patê nas 6 fatias de pão, coloque 4 folhas de rúcula sobre 3 fatias e feche os sanduíches com as 3 fatias de pão restantes. Corte ao meio e sirva em seguida.


Fonte: GNT

Pessoas poderosas acreditam ser mais altas

Poder nas alturas
O poder dá às pessoas um sentido exagerado de sua própria altura física.
Em uma série de experimentos, os pesquisadores descobriram uma correlação precisa entre sentir-se poderoso e sentir-se alto.
E os cientistas sugerem que as empresas devem tirar proveito disso.
Segundo eles, pode ser vantajoso colocar os trabalhadores de nível hierárquico mais alto para trabalhar em escritórios ou salas mais altas, como uma forma de fomentar seu senso psicológico de poder.
Altura do poder
"A altura é frequentemente usada como metáfora para o poder," diz Michelle Duguid, da Universidade de Washington (EUA).
"Nós descobrimos que a experiência psicológica de poder leva os indivíduos a se sentirem mais altos que as medições objetivas de sua altura indicam que eles realmente são," completa.
A pesquisadora afirma que outras pesquisas indicaram que pessoas que se impõem mais fisicamente têm maior probabilidade de adquirir poder, ao menos em experimentos de laboratório.
Mas esta é a primeira pesquisa que mostra a relação inversa - é como se o poder fizesse a pessoa literalmente "sentir-se nas alturas".
Experiências de poder
"Esta descoberta pode ser um ponto de partida para explorar o relacionamento recíproco entre as experiências psicológica e física de poder," propõe da pesquisadora.
Seu grupo agora planeja medir se a experiência de poder se alastra também por outros campos, alterando outras auto-percepções e auto-categorizações, ou seja, como os indivíduos se veem em outros aspectos.
Fonte: Diário da Saúde

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Montanha de neve particular

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Coberto pela neve, o telhado vira uma pista de esqui particular
Se o esqui não vai até a montanha... ele vai para o telhado. Pelo menos é que o acontecerá, quando este projeto assinado pelos arquitetos do escritório Fantastic Norway for inaugurado no próximo ano. Batizada de Mountain Hill Cabine, a construção foi planejada para se integrar perfeitamente à natureza. A característica mais marcante é a inclinação do topo, a 23 graus. Com a força do vento, a superfície fica encoberta por uma espessa camada de neve e se transforma em uma verdadeira pista de esqui particular. O formato foi pensado para que, em vez de se chocar contra a estrutura, a neve deslize sobre ela. Os esportistas já podem sair de dentro da casa com os esquis nos pés.

Para que o interior tenha uma temperatura agradável, apesar do inverno rígido da região, as paredes serão térmicamente isoladas. No topo, grandes janelas trazem a iluminação natural para os cômodos. Dividida em dois pavimentos, a construção terá um grande living e três quartos. Tudo planejado para oferecer o conforto merecido a quem passa o dia esquiando na neve gelada.

FANTASTIC NORWAY NO BRASIL
Erlend Blackstad Hapffner, sócio do premiado escritório de arquitetura Fantastic Norway visitou o Brasil em março deste ano. Na ocasião, ele ministrou uma palestra para os estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
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Dá para sair da casa com os esquis nos pés

Fonte: casa e jardim

Passarela de vidro nas alturas: você se arriscaria?

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O parque Tianmen, na China, ganhou uma atração turística de causar vertigem em muita gente. A passarela de vidro construída em torno de uma montanha, a 1430 metros de altura, oferece aos visitantes mais corajosos uma experiência inesquecível. Como o piso e o guarda-corpo são transparentes, quem gosta de aventura pode olhar para baixo e se abismar com a vista lá de cima. A passarela tem 60 metros de extensão e, para subir nela, é preciso usar uma proteção sob os sapatos. O cuidado serve para manter o vidro limpo e transparente.
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A passarela tem piso de vidro e fica a 1431 metros de altura. Você se arriscaria?
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É preciso muita coragem - e estômago - para olhar para baixo
Fonte: Casa e Jardim

Entre o vulcão e o oceano

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De um lado, as águas límpidas do Havaí. Do outro, a fúria do Kilauea, um dos vulcões mais ativos do planeta. Projetada pelo escritório americano Craig Steely Architecture, esta casa foi construída em um lugar exatamente assim. No terreno cercado por lava consolidada, uma escada de concreto dá acesso à piscinae ao vão, que divide a casa em dois blocos.

Uma das partes tem um livingespaçoso, todo cercado por vidros, que oferecem umavista privilegiada voltada para a piscina e para a exuberante paisagem natural. Já o bloco oposto tem dois andares: embaixo ficam a sala de jantar e acozinha e, em cima, a área íntima com quartosbanheiros e um escritório.

As linhas retas, as amplas aberturas e o uso de materiais como vidro e concreto dão características contemporâneas ao projeto. O estilo, aliás, é marca registrada do arquiteto Craig Steely, que tem escritórios noHavaí e em São Francisco.
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As amplas janelas deixam o terreno de lava solidificada à vista
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Moderno, o projeto é assinado pelo arquiteto Craig Steely

 fonte: Casa e jardim

Designers dinamarqueses desenvolvem moradia autossuficiente


A casa ambulante pode se locomover numa velocidade parecida com a de uma pessoa
O conceito criado pelo coletivo de artistas dinamarqueses N55 resolveria, de uma vez por todas, os problemas de quem não consegue decidir em que bairro morar. Com esta casa que anda, é possível viver perto do trabalho durante a semana, próximo à praia aos sábados e no campo aos domingos, por exemplo. Graças aosmecanismos localizados na parte inferior da construção, ela se locomove e pode ir para onde o proprietário quiser. Tudo sem depender de estradas ou trilhos especiais, já que ela pode transitar sobre qualquer tipo de superfície.

Desenvolvida para andar a uma velocidade parecida com a das pessoas, a casa, batizada de Walking House, não causa impactos ao meio ambiente. Pelo contrário: ajuda a preservá-lo. Isso porque a ideia é que a moradia seja equipada com placas e miniturbinas, para captar a energia solar e eólica dos lugares por onde passa. De acordo com os criadores, o design foi inspirado nas carruagens romanas do século 18, mas repaginado com características modernas. “A Walking House se adapta às pessoas em vez de fazer as pessoas se adaptarem a ela. Os módulos podem ser adicionados e, assim, ela atende às necessidades sociais e às demandas de uma pessoa que mora sozinha e depois forma uma família, por exemplo”, explicam os artistas.

Detalhes da casa, no sentido horário: acomodações modulares, as "pernas" mecânicas, um conjunto de casas formando uma vila e as placas solares para captar energia

fonte: casa e jardim

10 segredos de uma casa feliz

Pode ser que nem você saiba ainda o que vai querer da sua vida daqui a cinco ou dez anos, mas a designer holandesa Lidewij Edelkoort tem uma boa ideia a respeito. Aos 61 anos, 20 deles dedicados a estudar comportamento de consumo em vários países, Li é conhecida como a maior autoridade em previsão de tendências do mundo. De seus escritórios em Nova York, Paris e Tóquio, ela antecipa para clientes como Nissan, Lacoste e Coca-Cola quais serão os nossos próximos desejos. Não só na estação seguinte, mas na próxima década. “As pessoas falam como se eu fosse uma mística, uma adivinha. No entanto, tudo o que faço é prestar atenção no mundo”, diz ela.

A última novidade da moda, do design e da arquitetura, as culturas tradicionais, as mudanças sociais, os movimentos políticos – nada escapa ao seu caderninho de anotações, no qual cola fotos, desenhos, pedaços de tecido e recortes de notícias de jornal. Quando estuda um hábito de consumo, mais do que saber onde se comprou ou quanto se gastou, Li persegue os desejos profundos que nos movem quando escolhemos uma colcha ou decidimos pintar uma parede de azul.

O resultado de suas análises é editado em catálogos exclusivos para seus clientes e na revista semestral Bloom – em que, ao contrário do que se possa imaginar, não se encontram projetos, paletas de cores nem tendências batizadas com algum nome criativo. Nada disso. São cadernos de inspiração, de convite à criação, à reflexão sobre nossos desejos profundos, instintivos, que normalmente acabam soterrados pela correria da vida. São conceitos abstratos e imagens etéreas que servem como excelente ponto de partida para a concepção de todo tipo de produção – inclusive dos seus projetos de construção e reformas.

Numa tarde nublada do outono parisiense, Li apresentou alguns desses conceitos, dessas vontades que ela batiza de “culturais”. 
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1. O dom da luz 
A janela é um espaço privilegiado da casa. Ela emoldura a paisagem e funciona como uma ponte entre o que está dentro e o que está fora. Ela convida a sair e traz para a casa um pedaço do resto do mundo. Quando pensar em cortinas, não queira isolamento. Modelos pesados – como os de veludo vermelho do teatro – só são bem-vindos como um jeito inteligente de dividir ambientes, no interior da casa. Nas janelas, cortinas são cúmplices da luz, não seus algozes. Devem ser de fibra natural, para balançarem ao vento, como o vestido de uma criança correndo pelo corredor, depois de um banho fresco no meio de uma tarde de verão. A luz não é um detalhe: ela é a vida por completo. Deixe o sol da manhã acordá-lo, tocando de leve a sua pele. Sinta no seu corpo a alegria de estar vivo.
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2. O cuidado dos outros 
Talvez você já tenha presenciado a cena de um reencontro de pessoas queridas em um aeroporto e, mesmo sem conhecer os envolvidos, tomado aquela alegria como sua. A explicação para esse sentimento: você faz parte da grande família dos homens. Cada vez que um idoso segurar um bebê no colo ou você tocar a barriga de uma mulher grávida, ou que a mão calejada de um homem segurar delicadamente a de um menino, você vai fixar essa cena em sua mente. Pense na sua família, nos seus amigos, na necessidade que cada ser carrega de trocar experiências e de entrar em contato. Não negligencie a conexão íntima, rústica, que não passa pela palavra. Valorize a simplicidade da amizade entre todos os espíritos – até mesmo com seu cachorro, com um gatinho de rua. Apaixone-se pelo ciclo da vida e compartilhe com o outro a essência desse modo de viver.
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3. A beleza do inacabado 
Há milênios, os japoneses cultivam uma estética baseada na aceitação da transcendência e do eternamente inacabado. Concebida como a beleza do imperfeito, do impermanente e do incompleto, a filosofia wabi-sabi se expressa no ritual do chá, nos arranjos de ikebana, no exercício interminável de manter um jardim feito de pedrinhas e areia, na qual você desenha e redesenha com a ajuda de um ancinho. Mais do que o resultado final, é o ritual que importa. Amar o inacabado é aceitar que viver não se trata de atingir um objetivo – que, no fundo, a gente nunca chega lá. O que importa é o caminho. Celebre o assimétrico, o instável. Ninguém precisa recuperar o jardim zen que teve um dia para entrar em contato com essa filosofia. O desafio é construir seu jardim zen interno, espiritual. Encontrar o seu ritual eternamente inacabado, que não tenha nenhum objetivo maior a não ser fazer você feliz.
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4. A ordem das coisas 

Você já percebeu como nossas casas estão cada vez menores? Mas pense bem: por que isso é ruim? Em menos cômodos há mais convivência. Estamos mais perto de quem amamos. Não é uma questão de espaço, mas de organização. Em uma casa menor, só cabe o que importa – então livre-se de tudo o que entulha a vida. Delete o supérfluo. Arquive as memórias. Seus móveis precisam servir para alguma coisa: tenha estantes, use gavetas, crie caixas. Ouse reciclar, acolha os materiais baratos – pense em papel kraft, em caixas de feira, em nichos de madeira. Nutra o hábito de classificar o essencial. Faça da organização um ritual de purificação – não uma penitência. Resuma. E, sobretudo, permita o vazio e o celebre. Ele é um convite à criação.
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5. As habilidades das mãos 

Disponha um arsenal sobre a mesa: lápis, lã e agulha de tricô, uma xícara de farinha, um pedaço de tecido. Agora desafie suas mãos a escolher suas armas. Ao ataque: crie. Usar as habilidades das mãos dá sentido à vida. “Muitas vezes ouvi, e tenho certeza de que você também, pessoas dizerem “no dia em que eu tiver meu ateliê, vou pintar quadros”, ou então “vou fazer esculturas...”, diz Li. “Todos nós sabemos que não precisamos de nada disso. Simplesmente vá lá e faça.” Grandes criadores contemporâneos, como o arquiteto italiano Andrea Branzi, concebem móveis nos quais acoplam criações: gravuras, pinturas, esculturas que já vêm como parte de uma estante. Mas logo ao lado há um nicho, um espaço vazio, convidando a ser ocupado por você. Para que comprar, se você pode criar?
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6. A cura pelas plantas 
Aprenda com as plantas a viver o momento presente. Amanhã a flor pode já ter murchado. Amanhã pode ser que não chova – ou que falte o sol. Aprenda com as plantas a não economizar experimentações. Viva o hoje intensamente. Aprenda a aceitar o eterno ciclo da mudança de estações como uma bênção. Receba cada fase como um novo começo – e não como um novo fim. Tenha em mente que é sempre possível replantar, mudar de terra. Celebre, numa simples mudança de jardineira, a promessa da terra nova. Os budistas dizem que, se pudéssemos perceber claramente o milagre que representa uma simples flor, nossa vida mudaria por completo. Contemple a vida em suas infinitas escalas – da planta inteira, raiz, caule e folhas, ao microcosmo de cada nervura de folha. Cerque-se de plantas, aprenda com elas. Acredite numa vida mais saudável e mais perto do natural, em que as plantas sejam acolhidas numa casa como seres e não como objetos.
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7. O sentimento de liberdade 

Vivemos uma era nômade, sonhamos com evasão. Queremos ter raízes – mas precisamos poder nos livrar delas de vez em quando. A mobilidade tornou-se uma urgência. Poder mudar permanentemente sua casa de lugar tornou- se o idílio do nosso tempo. “Nas minhas férias, conheci um jovem que viajava por uma rota de praias em seu coupé conversível, luxuoso”, conta Li. “A cada dia ele chegava a uma cidade diferente e instalava ao lado do carro uma minúscula tenda de camping para uma única pessoa, onde passava as noites. No contraste de seu belo carro com esse estilo de vida de uma simplicidade fundamental, extrema, eu vi o sonho contemporâneo de liberdade.” O verdadeiro luxo de hoje em dia é poder ser livre. Dormir numa rede. Não seguir a moda. Desenvolver uma relação mais profunda com os objetos que estão em seu entorno, buscar o essencial. Ter uma vida portátil.
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8. Assar o pão 
Do cheiro de pão no forno emana a promessa de um belo dia pela frente. Água, farinha, sal e fermento. Nenhum alimento é mais simples. Nada pode ser mais essencial. Toque o relevo da casca, saboreie o barulho que ela faz ao ser partida com as mãos. Experimente a textura do miolo que se desfaz lentamente enquanto uma fumaça suave e quase transparente convida: me saboreie. Ame o cotidiano com o mesmo amor incansável com que todas as manhãs celebramos a nossa paixão pelo pão. Cultive pela vida esta mesma instigante e insaciável fome.
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9. A alegria do lar 

No fundo, a ideia é esta: a sensação que você tem quando volta de uma longa e cansativa viagem. Você deita na sua cama, encosta a cabeça no travesseiro, coloca sua música preferida para tocar, fecha os olhos e constata: “enfim, em casa”. Ao seu redor estão seus livros favoritos. Seus quadros favoritos. Suas comidas favoritas. Suas pessoas favoritas. Você vai andar de pijama. Vai beber leite. Vai cozinhar. Vai dormir debaixo de camadas e mais camadas do lençol mais macio que tiver. E vai almoçar no chão da sala – se decidir assim. Pense nos seus sonhos de criança, quando tudo o que você queria era morar numa cabana na árvore. O que você levaria para lá? Seu brinquedo preferido, sua comida preferida, seu amigo preferido – e não muito além. É disso que se trata ter uma casa, um refúgio no qual você se reconheça em todos os objetos e móveis.
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10. Patchwork de culturas 

Um quimono e um turbante árabe. Uma louça chinesa sobre uma tapeçaria mexicana. O cocar de um índio brasileiro enfeitando uma máscara africana. Artefatos de todos os povos, de todas as épocas, contam as mesmas histórias de valentia, de valores, de respeito. Conectar culturas é celebrar o que existe de comum em toda a humanidade. Antes de os europeus chegarem às Américas, povos indígenas de norte a sul do continente desenvolveram o ikat, uma técnica de tecelagem feita a partir de fios retorcidos. Nunca foi possível identificar onde a tradição começou. Estampas semelhantes e técnicas idênticas surgiram em diferentes pontos do continente americano ao mesmo tempo. “O ikat é a metáfora perfeita das conexões que existem entre as culturas”, ensina Li. “A força espiritual que conecta as diferentes tradições. Um jeito nômade de descobrir conexões e celebrar as ligações invisíveis dos povos.”

fonte: casa e jardim